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"O presidente Trump agora tem o poder e a oportunidade de libertar todos os prisioneiros políticos da Bielorússia com apenas uma palavra, e peço que faça isso, que pronuncie essa palavra", declarou Tikhanovsky, de 46 anos.
Em 2020, Tikhanovsky esteve no centro de um grande movimento de protesto contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko, manifestações que foram duramente reprimidas.
Tikhanovski foi preso em maio de 2020 pouco antes das eleições presidenciais de agosto marcadas por esses protestos históricos.
A mulher de Tikhanovsky, Svetlana Tikhanovskaya, lançou-se na política após a prisão do seu marido, tornando-se a principal figura da oposição bielorrussa no exílio.
Tikhanovsky foi libertado no sábado, ao lado de outros 13 presos políticos, uma decisão tomada "a pedido" de Donald Trump, segundo disse a porta-voz da presidência bielorrussa, Natalia Eismont, à agência de notícias russa Tass.
A ONG Viasna publicou imagens após a libertação nas quais Tikhanovski aparecia quase irreconhecível, com a cabeça rapada e o rosto magro.
Horas antes do inesperado anúncio, Lukashenko reuniu-se em Minsk com o enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg, na visita de mais alto nível de um funcionário americano a esse país autoritário em anos.
Segundo a ONG Viasna, cerca de 1.200 presos políticos ainda estão nas prisões da Bielorússia, um país do leste europeu submetido a estritas sanções ocidentais por sua repressão à dissidência e seu apoio à invasão russa à Ucrânia.
Neste domingo, Tikhanovsky afirnou, ao responder a uma pergunta, que tinha a intenção de regressar ao seu país algum dia.
"Sim, mas quando, ainda não sei", disse.
"Passei mais de cinco anos apenas em uma cela no isolamento. Estava completamente isolado. Tenho muito pouca informação e agora estou tentando recuperar muitas coisas", afirmou à imprensa.
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