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Depois de cinco anos longe dos palcos, Raquel Tavares está de volta. Uma das vozes mais conhecidas do fado regressa com o espetáculo “A Inevitabilidade de Cantar”, que acontece no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 5 de dezembro.
Livre e sem amarras, a fadista apresenta-se sem pressas, sem muitos planos e, acima de tudo, porque lhe apetece. O 24notícias esteve à conversa com Raquel Tavares na plateia do Coliseu, onde falou sobre a pausa e o regresso, as surpresas do novo álbum, a vida no Brasil e a liberdade de cantar o que sempre quis.
‘A Inevitabilidade de Cantar’ é o nome que escolheu para este regresso. Porquê este título?
Porque não havia nada que descrevesse melhor esta necessidade. Era inevitável voltar. Era-me inevitável cantar, e muito especialmente, voltar a cantar para pessoas, porque cantar, eu cantei sempre. Eu estive afastada da indústria, mas ia cantar aqui ou ali, à casa de fado, a tertúlias... mas faltava-me cantar para pessoas.
Foi assim que eu cresci. Desde que me lembro de ser gente que canto para pessoas e, portanto, era inevitável voltar. E, neste caso, era inevitável voltar à raiz, porque o que trago a este Coliseu, no dia 5 de dezembro, é fado tradicional.
O que eu vou trazer ao Coliseu e a disco, que vou lançar no final de Novembro, é o fado na sua fórmula mais tradicional, que foi onde eu cresci. Ao longo dos anos, enquanto estive na indústria, cantei outras coisas. Trouxe, como todos fizemos, coisas um pouquinho mais experimentais e adorei. Mas agora, quando decidi voltar, pensei assim, "O que é que me apetece fazer?" e o que me apetecia fazer era a casa, era berço.
Também porque isto é uma tradição oral, e que se não for cantada e divulgada, perde-se. Independentemente da inovação e da contemporaneidade, que é necessária a qualquer música de origem popular, é importante, de vez em quando, lembrar qual é a origem.
É um bocadinho como o "Não deixe o samba morrer", mas com não deixe o fado morrer?
Exatamente. Tal e qual. Não deixo o fado, não posso. Eu tenho essa função como fadista. Eu fiz 40 anos, que já é alguma coisa, e sinto que agora, com a idade que tenho, devo isso à música que defendo. E se era para voltar, então vamos voltar a casa.
Entre todos esses motivos, qual foi o que mais a fez querer voltar?
As pessoas abordam-me pessoalmente com imenso carinho. Todas as pessoas que na rua me reconhecem, aqui ou ali, dizem "Ó Raquel, tenho tantas saudades de a ouvir". Isso também me ia tocando.
Eu via um palco e a verdade é que já sentia saudade. E a insistência de algumas pessoas a dizerem-me "Gosto muito de a ver na televisão, mas tenho tantas saudades de a ouvir cantar" começou a fazer-me algum sentido.
E depois, porque há uma altura na vida para tudo. Há uma disponibilidade emocional para tudo e portanto, a ter que voltar tinha que ser agora. Na verdade, eu já voltei há quase dois anos mas comecei devagarinho. Fui a Espanha ver como é que me sentia, se estava capaz.
E como é que foi?
Ah, foi fantástico. Foi muito bom começar fora. Independentemente do lugar do mundo, onde mais gosto de cantar é aqui, mas eu precisava que me olhassem somente como uma fadista. Aqui em Portugal era um bocadinho difícil. Eu precisava de subir ao palco e que o público me ouvisse tão somente como uma artista, como uma fadista e sem saber nada do que tinha acontecido. Foi por isso que eu comecei fora.
Correu muitíssimo bem. Eu gosto muito de cantar em Espanha. Tenho muita afinidade com eles, com a língua. São muito efusivos na maneira como recebem e eu precisava de me sentir validada. E portanto, creio que foi a melhor forma. Eu vim devagarinho e só agora é que me estou realmente a fidelizar.
Decidi gravar um disco também de acordo com aquilo que me apetecia fazer, fado tradicional. E, tudo culmina nesta noite que vai acontecer aqui. Eu não lhe quero chamar uma celebração, porque não o chega a ser, mas é quase um "Olá, voltei, estou aqui. Querem ouvir-me?". Eu desejo muito que as pessoas me queiram ouvir de novo.
Já tive a sorte de cantar em muitas salas no mundo. Estive agora no Carnegie Hall, em Nova Iorque. É uma sala maravilhosa, mas esta é a sala da minha vida, vai ser sempre. Eu tenho memórias desta sala de quando era muito miúda. Eu estive naquele palco com 12 anos, e esta sala era enorme aos meus olhos. Tantas noites, tantos artistas, que eu penso, "Não, é aqui. Eu quero voltar e é aqui". É quase um marco, e daqui para a frente logo se vê.
Este álbum acaba por contar as vivências deste tempo, desta pausa?
Não, este é um álbum muito específico.
Quando pensei em gravar um disco, pensei "O que é que eu já sou livre para poder fazer?", porque esta coisa dos fados tem uma hierarquia que eu insisto em respeitar. Até muito tarde eu tive que ser dirigida pelos antigos e pelas antigas que cantavam, e ainda bem. Não seria a fadista que sou se não fossem eles. Só que agora, eu já posso escolher. Infelizmente muitos deles já cá não estão, mas eu creio que tenho a validação de todos eles.
E isso levou-a a querer cantar fados que antes não podia?
Há um repertório muito específico do fado, que jamais me deixariam fazer quando eu era miúda, que é o repertório dos homens. Eu ouvia os fados de alguns homens que cantavam o amor às mulheres, ou uma história sobre uma mulher, e eu achava aquilo maravilhoso, porque convenhamos que a mulher é um universo muito bonito de se cantar poeticamente.
Eu pensava, "Caramba, elas têm imagens poéticas tão bonitas. Eu queria tanto cantá-las". E eu não podia, porque as antigas diziam "Não querida, isso não pode ser. Isso é fado de homem". É uma coisa que aqui em Portugal ainda acontece muito. No Brasil nem tanto, eles têm muito mais liberdade de cantar a poesia sem género. Eles contam apenas a história.
Por cá já vamos mudando. Já há alguns colegas que fazem isso. O (António) Zambujo, por exemplo, tem um tema icónico, que é o "Pica do 7", que é a história dela que vai de bandolete à espera do Sete. Portanto, já existe quem o faça, e eu pensei, "É agora".
Por isso, o que eu vou apresentar neste meu novo álbum, e consequentemente no Coliseu, é um repertório profundamente tradicional, com alguns clássicos do fado que as pessoas conhecem, e é o repertório dos homens. Ou seja, estou a cantar sempre no masculino, não mudei nada poeticamente, e venho enaltecer e homenagear a poesia dos homens às mulheres. Essa é a grande diferença deste álbum.
Além do repertório, o que mais distingue este novo trabalho?
Eu não só gravo o fado no masculino, como eu gravei de uma forma que já não é muito comum, que é gravar take direto. Hoje em dia faz-se pré-produção, primeiro gravam-se os instrumentos, a voz guia, se há uma falha, pica-se e retoca-se... pois no nosso caso não.
Eu convidei cinco parelhas para gravar, músicos que me acompanharam a vida inteira. São cinco formações de guitarra, viola e baixo, e o desafio era gravarmos em direto, todos ao mesmo tempo, e sem retificações, que é como se faz nos fados. Quando vamos aos fados, nós tocamos e cantamos e não há cá rectificações, e era assim nos anos 50 e 60 se gravavam os grandes discos de fado.
Eu quis me desafiar a isso, mesmo correndo o risco de as coisas não correrem tão bem. Gravei dez temas, todos em take direto. Não há retificações, não há picagens, não há afinações. É um disco absolutamente cru, que era como se fazia tradicionalmente.
Neste período em que esteve afastada, o que é que mais mudou a nível pessoal e profissional?
Mudaram muitas coisas, passaram cinco anos desde que eu decidi fazer uma pausa, e muitas coisas aconteceram. Aconteceu uma pandemia que nos mudou a todos, de alguma forma, e também a idade.
Por exemplo, eu já fiz dois Coliseus a título individual, e lembro-me da ansiedade que tinha a preparar o Coliseu e de desfrutar pouco do processo. Agora faço-o num retorno um bocadinho atrevido, porque normalmente nós fazemos o Coliseu no final de um álbum. Imagina, quando gravei o álbum do "Meu Amor de Longe", eu cantei esse ano todo, e no final fiz o Coliseu. A mesma coisa com o álbum do Roberto Carlos.
Agora comecei ao contrário. Eu não estou na indústria há cinco anos, e de repente faço o Coliseu porque me apeteceu. Claro que isto traz alguma ansiedade, mas é um pouco mais divertido. Eu sinto-me muito mais preparada e com um propósito, que é, eu quero muito divertir-me a fazer o Coliseu. Eu quero desfrutar. Obviamente que me emociono, porque eu sou muito lamechas, mas eu quero desfrutar desta coisa de fazer fado. Quero muito cantar para as pessoas.
E a idade ajudou nesse aspeto?
Há uma serenidade que a idade trás. Eu maturei muitas coisas, maturei muito o processo, e eu voltei a cantar porque quis. Foi tudo porque eu quis. O Coliseu é porque eu quero, o disco é como eu quero. Estou muito no controlo, e isso também me traz muita tranquilidade.
É isso que significa o "livre e sem amarras", que é o como este espetáculo é descrito?
Livre e sem amarras, inteiramente "me, myself and I".
Claro que tenho uma equipa que me acompanha, mas eu estou a fazer o processo um pouco diferente do que é suposto fazer-se. O meu disco é um disco que eu vou trazer a título individual. Provavelmente não é o mais comercial, e não é suposto ser para já, porque por agora, o que me apetecia fazer era isto.
É sem amarras porque é exatamente como eu quero, e isto dá-me a liberdade.
Ainda há bocado falávamos do carinho do público. Como é que foi a receção quando anunciou este retorno?
Este retorno tem sido tão subtil. Eu não fiz grande aparato, quis fazer a coisa da maneira mais suave possível. Tanto que há imensas pessoas que ainda me abordam e dizem, "Ó Raquel, tu quando é que voltas a cantar?", e eu digo "Olhe, mas já voltei, dia 5 estou no Coliseu".
Isto tem acontecido muito. Ainda há muitas pessoas que nem sequer sabem que eu voltei, quanto mais que eu vou fazer o Coliseu. Mas sim, naturalmente já fiz alguns concertos este ano em Portugal e é extraordinário. Assim que eu entro, as pessoas recebem-me com tanto amor, com tanto carinho, com tanto desejo de me ouvir. Algumas estavam zangadas por eu ter deixado de cantar, como se eu as tivesse abandonado e agora fizeram as pazes comigo. Tem sido muito positivo. Não tenho nada de negativo a dizer deste retorno, muito pelo contrário.
Na altura que parou, houve muita gente que não entendeu.
Eu tenho o maior respeito que as pessoas não tenham compreendido, mas em última análise é da minha vida que se trata.
Eu percebo que as pessoas opinem, mas não concordo. Acho que há maneiras mais elegantes de dizer as coisas. Não há necessidade de vir desbravar ódio para a internet e, na altura, fez-me alguma mossa. Hoje já não, hoje eu compreendo. Tento entender o que é que motiva as pessoas a fazer isso, e acredito que o ódio na internet é espelho de uma enorme solidão.
Ninguém que está bem vem destilar ódio, não é? A pessoa que está bem quer lá saber da vida do outro. Portanto, hoje já não me faz grande diferença. Respeito que as pessoas não tenham compreendido, como respeito as pessoas que não me querem ouvir. Está tudo bem, eu vou saber entender isso.
A grande maioria recebe-me, entendeu, respeitou o meu tempo, e agora querem ouvir-me. Estou feliz é com isso. Está quem importa.
A primeira vez que pisou este palco, tinha 12 anos. Olhando para esta enorme carreira, o que é que ainda falta fazer?
Ai, muitas coisas. Tantas coisas. Eu tenho muita vontade de cantar.
É claro que agora venho com fados, porque tenho muita saudade de fados, mas a minha vida foi muita coisa até aqui. Eu vivi fora, estive no Brasil muito tempo, e isso impactou muito a minha vida.
Há muitas coisas que me desafiam a cantar. Não é só cantar, a vida pode ser muitas coisas, e eu não me conformo com essa coisa de termos que ser só uma coisa. Eu não acredito nisso, não é suposto. Isto passa muito rápido, eu acho que nós devemos experimentar. Pode não correr bem? Pode, mas caramba, no final da vida podemos olhar para trás e pensar: "Olha, experimentei". Agora comecei a montar a cavalo com 40 anos, que era uma coisa que eu queria imenso, porque não? Se de hoje para amanhã eu quiser abrir uma cafeteria, porque eu gosto imenso de fazer café, porque não?
E eu não gosto nada dessa ideia da limitação. "Tu és fadista e só podes ser fadista" é um disparate. Eu nunca vou ficar por aí, e por isso há tudo para fazer em relação à música e em relação a tudo, enquanto tiver energia e sanidade para fazer.
Raquel, o fado continua a ser um lugar de liberdade?
Eu tive muita sorte. O facto de eu ter começado muito nova, muito pequenina, se calhar protegeu-me. Eu fui muito zelada pela geração antiga. Eu reconheço que o fado e toda a indústria da música no geral pode ser um pouco difícil, é muito competitiva. Isto é um país muito pequenino. Portanto, eu entendo que pode ser difícil.
É claro que eu sou mulher e percebo o que isso acarreta e percebo a origem dessa pergunta. Eu, Raquel, não fui tão lesada assim. É claro que eu tive que fazer cedências à indústria, que é muitas vezes liderada por homens, mas é injusto eu dizer que me senti preterida. Fiz cedências, mas quem não faz? Quem é que não faz cedências na vida? Nunca me vendi, nunca fiz nada que não quisesse fazer.
O fado, para mim, sim, foi sempre um lugar livre. A indústria da música, se calhar, um bocadinho menos, mas o fado, para mim, é um lugar livre. É um lugar onde eu sou exatamente o que quero. Eu tive sorte por ter começado muito nova, num universo muito tradicional, em que validei o meu lugar, fui respeitada e sigo a ser respeitada, como fadista, como mulher, como intérprete. E por isso, eu não posso dizer que me correu mal o universo fadista. Eu não tenho essa queixa.
É esse mesmo universo tradicional que agora acaba por ser libertador neste novo projeto?
Para mim, se há lugar em que eu me sinto livre, é num universo tradicional, que eventualmente, aos olhos de alguns, pode ser o mais difícil. Mas, é de onde eu venho.
Eu venho desse lugar, eu cresci nesse lugar, com essas pessoas. Para mim é casa, eu conheço todos os contornos deste lugar. Não da linguagem, porque o fado é uma coisa tão vasta, que eu espero nunca conhecer tudo, porque continuo a apaixonar-me pelo estilo e a descobrir coisas novas. Mas o universo, eu conheço-lhe os contornos e estou profundamente à vontade com os contornos do universo do fado.
A linguagem apaixona-me todos os dias. Reinvento-me muitas vezes. Ainda hoje estou a trazer referências para mim enquanto intérprete, sabes? Eu sinto que não cheguei ao fim como intérprete.
O que é o fado? Não faço ideia, nem tenho que saber. Isto é que é bonito, esta ausência de respostas em relação é o que o torna único. É inexplicável e é por isso que nos cativa tanto. Conheço-lhe as entranhas e isso faz-me sentir à vontade.
Quero também falar sobre a vida no Brasil, que é um lugar com tanta música, raiz e alma. Não é difícil ser intérprete de um estilo tão tradicional e depois experienciar todas aquelas vivências e toda aquela música? Não é difícil não querer fazer tudo?
É tão difícil que eu tive que fazer. Eu fiz tudo o que havia para fazer.
Não há como resistir. É tão assoberbante. É tanta informação, é tanta coisa tão boa, que eu, a uma certa altura, rendi-me à evidência.
Eu estava lá, e eu era muito fadista, muito tradicional. Era até um bocadinho quadrada, se calhar, um bocadinho chata. E quando cheguei ao Rio de Janeiro e conheci o samba-raíz, eu pensei, "Ó, meu Deus, há aqui uma música que me faz vibrar e que me emociona tanto quanto o fado. O que é que eu faço agora à minha vida?"
Senti-me a trair a minha identidade, uma coisa muito dramática. Mas rendi-me à evidência. Eu pensei, "Se calhar vim aqui parar por este motivo. Nada é por acaso na vida, e portanto, 'bora lá absorver."
E olha, ainda bem que absorvi, porque eu vim do Rio uma pessoa diferente. E gosto de dizer isto sem presunção, mas para melhor. O samba ganhou um lugar muito especial em mim. Trouxe-me uma doçura, trouxe-me açúcar. Fez-me perceber que há espaço numa fadista para outras coisas.
Qual é esse efeito do Rio de Janeiro?
Tornei-me menos preconceituosa comigo e com os outros. Foi a fase mais feliz da minha vida. E, visito estas memórias sempre com um sorriso imenso. Eu tenho muitas saudades.
Continuo a trazer em mim o Brasil. Até a cantar, até como fadista, eu continuo a ter o Brasil. Não é possível passares por aquele lugar, a não ser que estejas blindada, sem que aquilo te provoque alguma coisa, sem que te mude alguma coisa. A experiência foi ótima. Ainda bem que cedi. Lá está, cedências. Eu não vou impor a minha "fadistência aqui". Deixei-me levar. "Deixa a vida me levar" [canta], e ainda bem que o fiz.
Foi uma experiência maravilhosa. E assim como fiz no Brasil, musicalmente, já fiz com outras coisas. Já me deixei influenciar por outros estilos, e ainda bem. Nós estamos em constante mutação. Eu sou assim. Não, eu estou assim. Hoje estou assim. Amanhã logo se vê.
Há cinco anos, quando parei de cantar, não me via a estar aqui hoje a falar num concerto. É aceitar. É deixar as coisas escorrerem. É deixar a vida levar-me. Foi isso que o Brasil me ensinou.
Não posso deixar de perguntar, o que pode o público esperar deste concerto?
Olha, este concerto é muito particular. Eu não vou cantar no palco. Vou cantar aqui, 360º. O palco vai ser montado no meio do Coliseu.
Era um sonho que eu tinha desde sempre, cantar aqui no meio. Eu gostava que as pessoas experienciassem o que eu vivi na minha infância e na minha adolescência, o que se vive numa casa de fados. O meu objetivo é recriar aqui, nesta sala, uma casa de fados, uma tertúlia. É onde o fado acontece na sua forma mais tradicional, sem filtros.
As pessoas têm que estar próximas, como nas casas de fado. Eu queria recriar isso e, portanto, o que as pessoas podem esperar é nada mais do que uma noite de fados, sem muito fogo de artifício. É à antiga.
Vai ser uma noite muito emotiva para mim, mas eu acho que me vou divertir imenso. Uma coisa que as pessoas desconhecem é que nos fados nós somos muito malandros. Nós somos muito divertidos. E, portanto, também vai ser muito divertido.
Acima de tudo, vai ser na base da simplicidade. Eu quero as pessoas perto, e que venham a uma noite de fados.
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