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Em declarações à agência Lusa, o presidente da associação, Francisco Ferreira, advertiu que, “sem limites, a IA pode conduzir a uma ultrapassagem dos ‘limites planetários’ e exacerbar impactos negativos, nomeadamente se a energia necessária for proveniente de combustíveis fósseis, se os consumos de água e de materiais específicos e críticos forem excessivos e com uma extração com elevado impacto ambiental”.
Nesta matéria, a Zero aponta que o desenvolvimento desmedido da IA poderá resultar numa elevada pegada energética, num consumo intensivo de água, resíduos e extração de recursos.
Ao mesmo tempo, a associação ambientalista considera que a IA tem potencial para transformar múltiplas áreas relacionadas com o ambiente e a sustentabilidade, como o ordenamento do território ou a implementação de vários aspetos do Pacto Ecológico Europeu.
O responsável refere ainda que a associação, em conjunto com outras, tem vindo a “alertar para o facto de muitos centros de dados operarem com eletricidade proveniente de gás natural ou carvão, contrariando compromissos climáticos e impedindo o encerramento de centrais fósseis”.
“Mesmo que os centros de dados passem a consumir exclusivamente energia renovável adicional, podem estar a desviar energia e recursos de outras áreas com maior prioridade”, afirmou Francisco Ferreira.
As declarações do responsável surgem depois de na semana passada a Lusa ter noticiado que os serviços de IA implicam mais água do que outras aplicações, sendo que a geração de 10 a 50 respostas em texto de uma ferramenta de IA generativa requer cerca de meio litro de água.
De acordo com uma nota informativa da plataforma espanhola Maldita, "os serviços de IA exigem mais água do que outras aplicações típicas de 'data center' (centros de dados, em português)", sendo que a geração de imagens por ferramentas de IA implica também mais energia e, consequentemente, mais água.
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