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Passados quatro meses concluo que não perceberam absolutamente nada do que aconteceu nas eleições legislativas e vão ter o segundo aviso já nas próximas eleições autárquicas, perdendo câmaras, juntas de freguesia e milhares de autarcas para este partido que continuam a não saber demonstrar como combater politicamente.

Nos partidos continuam-se a não se fazer reformas urgentes, tais como obrigar todos os candidatos a eleições primárias (seja nas eleições internas nas federações, concelhias e secções mas também para as eleições para a assembleia da república, câmaras, juntas de freguesia), envolvendo a comunidade, seja a nível local, regional ou nacional.

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Na assembleia da república não se mudam as leis eleitorais, garantido a limitação de mandatos no parlamento, nas autarquias (um vereador pode sê-lo a vida toda), criando um círculo eleitoral nacional para não se desperdiçar 500 mil votos, ou dando condições para as oposições nas câmaras municipais fazerem a fiscalização necessária e serem alternativa a quem governa.

Do ponto de vista do exercício do poder ou criação de alternativas tudo o que tenho visto é mais do mesmo, e absolutamente errático: perde-se tempo com anúncios de conselhos estratégicos, com protagonistas do passado quando deveria ser com os fazedores do futuro. Apresentam-se políticas e ou objetivos sem definir custos e datas para cumprir. Continua-se a não assumir responsabilidades quando se erra.
As nomeações políticas são as da cor política do momento, sem que se olhe a preferências partidárias, mas que se escolha cidadãos que tenham currículo, garantam boa gestão e defendam o interesse público sem tibiezas.

É sempre importante relembrar que António José Seguro foi quem concretizou a reforma do parlamento há cerca 15 anos, obrigando o governo do seu partido a ser mais escrutinado, mais transparente, e o trabalho parlamentar mais visível e reconhecido pela sociedade. Tudo feito com consenso e o envolvimento de todos os partidos políticos.

Depois lançou, pela primeira vez, enquanto Secretário Geral do PS as primeiras primárias, permitindo que os simpatizantes pudessem votar para escolher o líder do PS, como os militantes do seu partido. Perdeu as eleições quando as podia ter ganho se não tivesse aberto esta eleição aos simpatizantes, mas preferiu seguir o caminho mais difícil, mas transformador.

Hoje precisamos de um Presidente da República que exija a reforma das instituições, do parlamento, das leis eleitorais, e que faça as presidências abertas para mostrar o país real e alavanque a discussão pública para uma agenda transformadora.