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Inicia-se esta jornada pelo Miradouro de Alhandra, Alto do Boneco, sítio que fazia parte das linhas de defesa. O anfitrião explica porquê:"daqui, vê-se tudo". Para memória dos engenheiros destas fortificações foi erguido um monumento, que segundo o guia de Portugal, é considerado "horroroso".

No caminho para a Fábrica de Cimento de Alhandra, atravessa-se a Quinta do Sobralinho onde se aprecia uma bonita mata e azulejos de várias proveniências.

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Foi na biblioteca deste edifício que Ricardo Espírito-Santo, proprietário do palácio e o ministro de Salazar Franco Nogueira realizavam encontros políticos sigilosos para Salazar através da porta giratória que dava para o esconderijo.

Entrando em Alhandra pela cimenteira é impossível não lembrar o escritor Soeiro Pereira Gomes que ali trabalhou. O escritor relata a dureza de quem trabalhava e a angústia dos homens que nunca chegaram a ser meninos.

A seguir, visita-se o Museu Casa Dr. Sousa Martins, médico que nela viveu e sobre quem o Rei D.Carlos após a sua morte afirmou: “apagou-se a mais brilhante luz do meu reinado”. 

Na sala de vários alhandrenses importantes exaltam-se os livros dedicados a Afonso Alburqueque e as referências a Ferreira Gordo, bibliotecário de D.Maria I. E uma das figuras mais importantes, Henrique da Torre Negra, (Torre Negra era o nome original da vila de Alhandra), cauteleiro e sobrevivente da batalha de Angola na I guerra Mundial. Um camoniano que também escrevia a sua poesia.

A Sociedade Euterpe Alhandrense, fundada no Século XIX, evoca a musa da música e é uma referência nacional.

A pé para Vila Franca, o anfitrião recordou as cheias de 1967 que causaram imensas mortes e que o Estado Novo escondeu.

A Praça de Toiros Palha Blanco e a escultura ao forcado exaltam a importância do touro juntamente com a festa do Colete Encarnado criada para honrar o campino.

Ao visitar a Fábrica das Palavras e subir ao quarto andar encontra-se a estátua e a literatura de Álvaro Guerra, o homem que deu a senha "Grândola, vila morena" na noite do 25 de abril.

Entra-se na vila, no jardim Constantino Palha sente-se o cheiro da conspiração desde a Vila Francada que deu temporariamente o nome à vila de Vila Franca da Restauração , a ação social do Padre Moniz, o barco Varino Liberdade e os passeios de Alves Redol , Soeiro Pereira Gomes, Cunhal, Manuel da Fonseca e Bento Jesus Caraças.

Para os aficionados da tauromaquia visita-se a Casa Museu Mário Coelho e notam-se as várias esculturas alusivas ao tema espalhadas pela cidade.

Os últimos três pontos turísticos são: a Reserva do Estuário do Tejo é o pouso de milhares de aves e o Centro Interpretativo dá enquadramento da sua história; o Museu do Ar- Polo Alverca onde se homenageia pioneiros como Lelo Portela, herói da I guerra e a tia Lurdes do apresentador, primeira aviadora de Portugal e o Núcleo Museológico de Alverca do Ribatejo, sítio de festas e danças, lembra Alves Redol e uma das suas personagens dançarino de fandango "os seus pés parece que falam "

Para fazer uma pausa para almoçar ou jantar, aconselha-se o Restaurante Morgado taberna 2017, sugestão do anfitrião: provar o sável é "imperdível".

O Resto é Paisagem pode ser visto na RTP, e mais tarde também vai estar disponível em 24noticias, onde pode acompanhar esta série na íntegra..

*Texto editado pela jornalista Ana Maria Pimentel