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Depois de um encontro com ministros da Defesa de dez países – maioritariamente da Europa Central e de Leste – e da Ucrânia, o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, afirmou que o projeto é uma prioridade imediata. “É urgente termos um sistema de deteção eficaz, incluindo radares e sensores acústicos, bem como capacidades para intercetar e destruir drones”, avança o jornal The Guardian.
A decisão surge após vários incidentes recentes: drones detetados na Dinamarca, Polónia e Roménia, e a violação do espaço aéreo da Estónia por caças russos, num contexto em que Moscovo mantém os ataques na Ucrânia.
Andrius Kubilius alertou, no entanto, para o desequilíbrio de custos associado a estas defesas: “Se usarmos mísseis de caças para abater drones, estamos a gastar um milhão para destruir algo que custa dez mil”.
Enquanto isso, em Bruxelas, cresce o apoio a um mecanismo financeiro para apoiar Kiev. De acordo com documentos internos da Comissão Europeia, citados pelo jornal britânico, a proposta prevê gerar um empréstimo de 140 mil milhões de euros com base nos ativos do banco central russo imobilizados na Europa, sem confiscar o capital.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou num artigo de opinião no Financial Times o seu apoio a “um instrumento legalmente seguro que garanta a resiliência militar da Ucrânia durante vários anos”. Merz admitiu que o ideal seria uma aprovação unânime dos 27 Estados-membros, mas deixou em aberto a possibilidade de avançar por maioria, para contornar um eventual veto da Hungria, país com laços estreitos ao Kremlin.
A proposta prevê que os Estados-membros atuem como garante, mas que o custo do empréstimo seja, a prazo, pago pela própria Rússia, sob a premissa de que Moscovo terá de financiar reparações pelos danos provocados em mais de 1.300 dias de guerra.
Os líderes europeus deverão discutir tanto o projeto do “muro de drones” como o empréstimo à Ucrânia na cimeira de Copenhaga da próxima semana, com o objetivo de chegar a um acordo até ao final de outubro.
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