
“Podemos fazer o que quisermos. Podemos prolongá-lo, podemos encurtá-lo. Eu gostaria de o encurtar. Gostaria de enviar cartas a toda a gente: “Parabéns! Vão pagar 25%”, afirmou num evento na Casa Branca.
A China e o Reino Unido são os únicos dois acordos que já foram acordados.
“Estamos a entender-nos com os países, mas alguns vão ficar desapontados porque vão ter de pagar”, acrescentou o líder republicano, que na véspera já tinha deixado escapar que não iria fechar acordos com todos.
A Presidência norte-americana já tinha afirmado na quinta-feira que não considerava “crítica” a data de 09 de julho inicialmente fixada pelo Presidente para negociar novos acordos comerciais com os seus parceiros e evitar assim a aplicação das suas mal chamadas “tarifas recíprocas”.
“O prazo não é crítico. O Presidente pode simplesmente oferecer um acordo a esses países se eles se recusarem a fazer um acordo connosco antes do prazo, e isso significa que o Presidente pode escolher uma taxa tarifária recíproca que considere vantajosa para os Estados Unidos”, afirmou a porta-voz da administração, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa.
Quanto ao progresso das negociações comerciais, Leavitt tinha adiantado que o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, “está a trabalhar arduamente e tem tido discussões muito boas e produtivas” com vários dos principais parceiros comerciais de Washington.
Questionada na quinta-feira por um jornalista sobre o que irá acontecer depois de 9 de julho com a suspensão das tarifas, a porta-voz da Casa Branca respondeu que “essa é uma decisão que cabe ao Presidente tomar”.
Desde que regressou ao poder, a 20 de janeiro, Trump fez aprovar taxas globais que depois suspendeu parcialmente para dar tempo aos outros países de negociarem novos pactos comerciais com Washington.
Em 02 de abril, Trump anunciou as chamadas “tarifas recíprocas”, taxas de importação que variam entre 11% e 50% sobre dezenas de países com os quais os Estados Unidos têm défices comerciais.
Contudo, depois de os mercados financeiros se terem afundado com o receio de uma perturbação maciça do comércio mundial, Trump suspendeu as taxas durante 90 dias para dar aos países a oportunidade de negociar reduções nas suas barreiras às exportações dos EUA.
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