O diretor da unidade do Ministério da Saúde do governo de Hamas responsável pela contagem dos mortos, Zaher al Waheidi, confirmou as 24 mortes, acrescentando que “ainda há cadáveres não identificados a serem registados”.

O Exército israelita ainda não se pronunciou sobre o tiroteio.

Até à data, cerca de 805 habitantes de Gaza morreram à procura de ajuda e comida, em pontos de distribuição de alimentos. Os feridos ultrapassam os 5.200, de acordo com dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

Gaza está cercada pelo exército israelita, em "corredores da morte". A possibilidade de chegar a estes pontos é quase impossível para alguns palestinianos. Os que conseguem aproximar-se, para levar alimentos para a família, acabam sem vida ou de mãos vazias. Segundo a EFE, as caixas com comida disponibilizadas à população não são suficientes, e os canais de passagem muito poucos.

“Não só matam de fome as pessoas e as crianças, como também as matam quando vão buscar ajuda”, lamentou o responsável palestiniano à agência EFE, citada apelo Observador. Durante mais de dois meses, Israel bloqueou o acesso de ajuda a Gaza de alimentos, medicamentos e combustível, retomado em maio de forma muito limitada.

Segundo a Fundação Humanitária Americana para Gaza, foram distribuídas 1,2 milhões de caixas de alimentos desde 27 de maio. Cada caixa alimenta 5,5 pessoas durante três dias e meio, o que se traduz, neste espaço de tempo, em comida para 218.500 pessoas. Gaza tem uma 2,1 milhões de pessoas.

O acesso aos alimentos também gera facilmente conflitos e injustiças, pela recolha descontrolada e desigual dos produtos.

O norte de Gaza é a zona mais preocupante, por estar isolado e sme nenhuma forma de acesso a estes pontos de distribuição. Aqui, a população costuma parar diretamente os camiões com ajuda da ONU para se apropriar da carga, às vezes com violência.