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Miguel Moreno Dapena, de 34 anos, encontrava-se a bordo do navio N35, atracado no porto de Guamache, na Ilha Margarita, Venezuela, quando enviou o seu último sinal à família, ao final do dia 19 de junho, conta o El País.
Minutos antes, comunicara que as autoridades venezuelanas iriam retirar todas as pessoas do navio para prestar declarações. Desde então, nem a família nem o governo espanhol obtiveram qualquer informação sobre o seu paradeiro ou estado.
A detenção ocorreu após a embarcação, de bandeira panamenha, ter sido intercetada pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) a 11 de junho, sob a alegação de se encontrar na zona económica exclusiva da Venezuela. A marinha venezuelana vigiava o navio desde 28 de maio e, segundo explicou posteriormente o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, foi considerada “muito suspeita”, por aparentar realizar investigações científicas numa área sensível. O navio, embora civil, apresentava uma nomenclatura típica de navios militares e estava pintado de cinzento.
Moreno encontrava-se no navio juntamente com outros oito tripulantes: dois cidadãos dos Países Baixos (o capitão e a sua esposa), três hondurenhos, um panamiano, um indonésio e uma cidadã húngara. Todos continuam retidos sem comunicação para o exterior.
O navio dedicava-se à procura de destroços de navios naufragados durante a Segunda Guerra Mundial, numa missão de arqueologia subaquática, atividade iniciada por Moreno em 2023.
A família de Miguel Moreno tem enfrentado o silêncio total das autoridades venezuelanas. Apesar dos esforços do embaixador espanhol em Caracas, Álvaro Enrique Albacete, e dos contactos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, não foi possível obter informação oficial sobre a situação dos detidos.
As famílias apelam agora à diplomacia internacional para que intervenha junto do governo venezuelano, exigindo informações sobre o paradeiro e as condições em que se encontram os nove tripulantes.
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