Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

Os militares realizavam uma operação numa área conhecida como Canion de Micay, no departamento de Cauca, quando foram retidos por civis, segundo o Exército.

Pelo menos 31 militares estão nas mãos da comunidade, disse à W Radio o general Federico Mejía, que garantiu que os seus homens foram "sequestrados".

Esta prática é comum em regiões conflituosas da Colômbia. Para impedir o avanço das forças públicas, alguns grupos ilegais ordenam que civis realizem esse tipo de ação. Geralmente, são libertados horas depois, após a intervenção de entidades defensoras dos direitos humanos.

O general Mejía afirmou que, neste caso, trata-se de uma comunidade "infiltrada por membros" do denominado Estado-Maior Central (EMC), a principal dissidência das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não assinou o acordo de paz com o governo em 2016.

Há meses, que o presidente Gustavo Petro tenta fazer com que as Forças Armadas consigam entrar em todo o Cânion de Micay, um reduto utilizado para a produção de cocaína.

Nessa mesma área, 29 militares e policias foram retidos por moradores em março. Todos foram libertados dois dias depois.

A Colômbia vive a pior crise de segurança na última década. Petro tentou negociar a paz com o EMC, mas o seu principal líder, "Iván Mordisco", abandonou os diálogos.