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Nos últimos meses, Khalil tornou-se o foco de tensão entre o governo de Donald Trump e os movimentos pró-palestinianos nos campi universitários que se opõem, entre outras coisas, ao apoio americano à campanha militar israelita na Faixa de Gaza.
Khalil foi detido a 8 de março numa residência da Universidade de Columbia em Nova Iorque, e depois transferido para um centro de detenção do Serviço de Imigração e Controlo de Alfândega (ICE, na sigla em inglês) no Louisiana, sem poder estar presente no nascimento do seu filho, antes de ser libertado nesta sexta-feira por determinação da Justiça.
"O mero facto de eu estar aqui é uma mensagem de que todas as tentativas de reprimir as vozes pró-palestinianas fracassaram", disse Khalil ao deixar o terminal do Aeroporto de Newark, nos arredores de Nova Iorque, junto ao lado da mulher Noor Abdalla, e a empurrar um carrinho de bebé.
O ativista foi recebido por dezenas de simpatizantes eufóricos, entre eles a jovem referência da ala mais à esquerda do Partido Democrata, Alexandria Ocasio-Cortez.
"Mahmoud Khalil foi detido injustamente durante 104 dias pela administração Trump por motivos políticos, por defender os direitos dos palestinianos", declarou a representante de Nova Iorque na Câmara federal, acusando o presidente de tentar "intimidar" o movimento estudantil americano com este caso emblemático.
"Isto não acabou. Devemos continuar a defendende-lo", acrescentou.
Embora tenha sido libertado, Mahmoud Khalil ainda enfrenta um processo de deportação, pois o governo americano tenta revogar o "green card" (permissão de residência) deste homem nascido na Síria de pais palestinianos e recém-formado na prestigiada Universidade de Columbia em Nova Iorque.
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