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Ontem, 38 migrantes chegaram à costa portuguesa, no Algarve, a bordo de uma embarcação artesanal. O barco encalhou na Praia da Boca do Rio, em Vila do Bispo, após ser avistado por um popular ao final da tarde. Entre os ocupantes — presumivelmente todos de nacionalidade marroquina — estavam sete menores, incluindo três crianças de 12 meses, oito e 10 anos.

Vários elementos do grupo foram hospitalizados em Faro e Portimão devido a desidratação e hipotermia. No total, dez pessoas necessitaram de observação médica.

O caso está enquadrado como suspeita de imigração ilegal por via marítima, por entrada no espaço Schengen sem cumprir os requisitos legais.

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Os migrantes foram hoje notificados com uma ordem de afastamento coercivo de Portugal, com um prazo de 60 dias para abandonar o país, embora possam optar pelo retorno voluntário. Não foi registado nenhum pedido de asilo, confirmou o ministro da Presidência.

Foram ouvidos no Tribunal de Silves e vão agora ser transferidos para um centro de instalação temporária, o Pavilhão Multiusos em Sagres, onde aguardam o desenrolar do processo. No entanto, não está garantido que permaneçam lá até à saída efetiva do território.

No entanto, algumas das crianças e respetivos pais mantêm-se ainda hospitalizados, sendo posteriormente sujeitos à triagem para recolha dos dados biográficos, formalização da detenção e apresentação ao tribunal.

O ministro António Leitão Amaro explicou que as autoridades portuguesas atuaram rapidamente, garantindo a segurança da costa e um atendimento digno e humanitário aos migrantes. A decisão do tribunal foi tomada em menos de 24 horas após a interceção das pessoas.

Para reforçar a vigilância, foi anunciado um aumento dos meios marítimos, aéreos e terrestres na costa sul de Portugal, “para garantir que este é, para já, um caso isolado”. António Leitão Amaro acrescentou que, embora a atual legislação de retorno seja “incapaz” e os processos possam ser morosos, está previsto apresentar em setembro um novo regime mais ágil.

O processo de afastamento passará para a responsabilidade da Polícia de Segurança Pública a partir de 21 de agosto, depois de estar sob a alçada da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).