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Isabel II já era monarca quando o de Havilland DH106 1A Comet G-ALYP descolou do Aeroporto de Londres — como era conhecido o Aeroporto de Heathrow na altura — por volta das 15h00 do dia 2 de maio de 1952, com os primeiros passageiros com tarifa paga do mundo. Nas 23 horas seguintes, com cinco paragens ao longo da rota, a aeronave percorreu 11.000 quilómetros a sul, até Joanesburgo, na África do Sul.
Aquele voo marcou um enorme avanço em termos de conforto e velocidade, em comparação até mesmo com as aeronaves a hélice de ponta da época, como o Lockheed Constellation. Acabaram-se as vibrações constantes e o ataque de som dos motores a pistão.
E a primeira construtora de aviões a jato a conquistar um lugar nos céus, foi a empresa de aviação britânica Havilland, mas o seu primeiro avião, o Comet DH106 foi retirado rapidamente do mercado depois de vários desastres. Deste essa altura só era possível conhecer este avião através de fotografias e vídeos preto e branco, mas tudo mudou este ano.
O Museu de Aeronaves de Havilland é um dos repositórios de artefactos de aviação mais obscuros do mundo. Localizado no meio de terras agrícolas e áreas verdes a noroeste de Londres, é fácil passar despercebido.
Segundo a CNN Internacional, os visitantes do museu podem agora passar a conhecer a estrela do maior espaço de exposição, o Havilland DH106 1A Comet, agora exposto.
As asas faltam, mas é apresentado com a carroçaria decorada com a pintura de época da Air France, com rodas de pouso com efeito cromado, teto branco brilhante, logótipo com um cavalo-marinho e bandeira tricolor francesa.
Apesar da sua beleza e inovação, os motores, que consumiam muita gasolina, não estavam totalmente à altura da tarefa, com dificuldades para impulsionar o Comet no ar. Isso fazia com que os pilotos às vezes parassem muito cedo ou saíssem da pista. Os acidentes resultantes foram horríveis e o avião acabou por ser retirado.
Este avião foi, no entanto, sempre um símbolo de uma época em que voar estava reservado às classes mais altas e por isso com pormenores de luxo que tiveram de se recriados como fileiras de assentos duplos, estofos em tecido azul que combina com o padrão das cortinas vermelhas, bastante espaço para as pernas, além de porta-copos cromado, pratos e talheres adequados, compartimentos para bagagem e candeeiros que foram replicados com impressoras 3D, segundo a CNN.
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