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A espécie, agora designada Istiorachis macaruthurae, foi identificada por Jeremy Lockwood, doutorando da Universidade de Portsmouth e do Museu de História Natural de Londres. Os fósseis, datados de há 125 milhões de anos, tinham sido inicialmente atribuídos a uma das duas espécies semelhantes já conhecidas na região, mas após uma análise detalhada foi possível determinar tratar-se de algo novo.

“Este exemplar tinha espinhas neurais particularmente longas, algo muito invulgar”, explicou Lockwood, em declarações citadas pela Sky News. O estudo, publicado na revista Papers in Palaeontology, sugere que o animal apresentava uma estrutura semelhante a uma vela ao longo do corpo.

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Embora a função destas formações tenha sido alvo de debate — desde regulação térmica até reserva de gordura —, os investigadores consideram que, neste caso, a característica serviria sobretudo como sinal visual, possivelmente relacionado com rituais de acasalamento.

O nome Istiorachis significa “espinha em forma de vela”, enquanto macaruthurae homenageia Dame Ellen MacArthur, natural da Ilha de Wight, onde os fósseis foram descobertos.

A professora Susannah Maidment, do Museu de História Natural, destacou a importância da descoberta: “O trabalho de Jeremy mostra como fósseis preservados em coleções museológicas podem revelar novas informações quando reavaliados com dados e perspetivas atuais. Nos últimos cinco anos, ele quadruplicou a diversidade conhecida dos iguanodontídeos mais pequenos da Ilha de Wight. O Istiorachis demonstra que ainda temos muito a aprender sobre os ecossistemas do Cretácico Inicial no Reino Unido.”

Segundo a Sky News, a descoberta reforça o estatuto da Ilha de Wight como um dos locais mais ricos em fósseis de dinossauros da Europa.