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Num artigo de opinião de António José Teixeira publicado no Público, defende que “os portugueses precisam de uma RTP livre e independente, que não mude ao sabor de equívocos ou dos ciclos políticos”.

Recorda que “um jornalista tem a obrigação de respeitar os factos” e sublinha que “a confiança é, como sabemos, o capital mais importante do jornalismo”. Salienta que a RTP tem sido reconhecida pela qualidade e fiabilidade da sua informação, destacando dados do Digital News Report (Reuters/Universidade de Oxford/Obercom) que a colocam a RTP como o meio de comunicação “mais confiável em Portugal”.

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Apesar das críticas recentes à audiência da RTP3, afirma que “é falso” que o canal esteja a perder espectadores, apontando que “no presente trimestre está acima do período homólogo de 2024” e que “as audiências dos principais formatos informativos diários estão a crescer”. Também o segmento digital tem registado “crescimentos acima dos 30% no ano passado”.

Entretanto, reconhece que há ainda desafios por superar, nomeadamente a necessidade de modernizar infraestruturas e renovar a imagem da informação: “há vários anos que alertamos e insistimos na necessidade de renovação dos estúdios, das condições de trabalho na redação, da sua organização e da imagem da informação”. A chamada “Casa das Notícias”, um projeto de modernização e reformatação da informação, está prestes a concluir a primeira fase, mas a sua continuidade está agora incerta.

No contexto da saída da direção de informação, estes apontamentos lembra que “a liberdade e a independência não são uma concessão dos poderes, internos ou externos”, mas sim “resultam da atitude dos que fazem jornalismo” e da capacidade de “fazer frente” às pressões, que existem e existirão sempre.

Este episódio lança luz sobre as tensões internas na RTP, e volta a avivar a discussão sobre a manutenção de um serviço público de media que sirva os cidadãos com rigor, autonomia e confiança, num momento em que os ciclos políticos parecem influenciar o seu rumo.