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No seu discurso, Montenegro destacou a importância da formação política e da qualificação de quadros, apresentando o novo projeto da Academia de Formação do PSD online, que dará continuidade ao trabalho iniciado com os alunos da Universidade de Verão. “Formar quadros políticos é importante num tempo de desinformação e para termos os melhores no Parlamento, nos Governos e até em departamentos da administração central”, afirmou Montenegro, sublinhando que “é na qualificação e na formação que podemos fazer a diferença para o futuro”.

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Montenegro usou o momento para anunciar medidas de impulso à habitação, com investimento público e incentivo ao setor privado e cooperativo. “Se não é claro, repito: não somos só moderados, somos sociais-democratas. O Estado tem o papel de garantir que não deixa ninguém para trás”, afirmou, defendendo que a dificuldade de acesso à habitação é um obstáculo à educação e à natalidade dos jovens casais.

Para colmatar as dificuldades dos jovens, o primeiro-ministro anuncia que vai assinar com o Banco Europeu de Investimento linha de crédito 1.300 milhões de euros para construção de habitação acessível e criar uma "linha de garantia do Banco Português de Fomento para as 133 mil habitações públicas que constam das estratégias locais de habitação dos municípios".

Acrescentou ainda que o Governo pretende aumentar a construção de casas de 26 mil para 52 mil unidades, reduzir a burocracia e implementar medidas inovadoras no setor habitacional, garantindo que os resultados virão ao longo de vários anos.

Parte dessa proposta implica, segundo Montenegro, que os imóveis públicos inutilizados passem para a gestão do Estado e sejam reaproveitados.

Redução fiscal e atração de investimento

O primeiro-ministro destacou ainda os efeitos da redução do IRS e do IRC como sucessos da política económica do Governo.

"Não percebo, sinceramente, porque não se deu o eco ao que transmitiu uma agência financeira, a Standard and Poor’s, que subiu para A+ o rating de Portugal”, acrescentou, reforçando que esta e outras agências estão a validar o caminho financeiro do País.

Sobre o IRC, afirmou que atrai investimento e dá confiança às empresas: “As empresas olham para este país e veem que não é um Governo que está a dormir à sombra da bananeira, porque está a dar segurança para que se invista no país”.

Já em relação à redução fiscal defende: "não é um truque, como alegado pela oposição", mas uma medida real que beneficia cidadãos e empresas.

Investimento em formação

O vice-presidente do PSD e diretor da Universidade de Verão, Carlos Coelho, anunciou ainda um conjunto de iniciativas de formação para o próximo ano, destinadas não só aos alunos da Universidade de Verão, mas também a outros jovens interessados na política, consolidando a aposta do partido em educação e capacitação política.

Também Montenegro reforçou que o futuro que ambiciona para o país aposta na inovação e na captação de talento, dirigindo-se aos jovens para garantir que "Portugal é um país de confiança".

A JSD apresentou o pacote de medidas “Portugal que Nasce”, que inclui propostas como a reintrodução do quociente familiar no IRS e uma licença parental de 180 dias, paga a 100%, com liberdade de repartição entre os pais. O líder da JSD, João Pedro Louro, apelou ao primeiro-ministro a envolver a juventude partidária nas negociações do Orçamento do Estado, argumentando que a JSD é “a quinta maior força parlamentar” e um parceiro confiável para reformas futuras.

A Universidade de Verão contou ainda com uma surpresa durante a semana: a presença presencial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que havia sido esperado apenas por videoconferência. Marcelo explicou que decidiu participar presencialmente devido a compromissos pessoais e considerou que esta edição seria a última em que marcaria presença direta na iniciativa. O chefe de Estado reforçou que pretende afastar-se gradualmente da política ativa após o término do seu mandato em março do próximo ano.

A sessão destacou-se não só pelos anúncios em relação à habitação, mas pelo pedido do primeiro-ministro para que os jovens cumpram ocompromisso em "assumir as suas responsabilidades", conforme o papel que desempenham na sociedade. Apesar das críticas feitas ao desempenho do governo durante a crise de incêndios, Montenegro garantiu que, "cada macaco no seu galho", cada um faz a sua parte.