
Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
Em entrevista ao programa Conversa de Eleição, da Renascença, Medina afirmou que Moedas está a tentar “fugir do Moedas oportunista de 2021”, ano em que pediu a sua demissão no contexto do caso Russiagate, relativo à partilha de dados da autarquia com a embaixada da Rússia.
“É completamente falso e profana a memória de Jorge Coelho. Todos os factos provam que o que Moedas diz é mentira. Houve um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e comissões de inquérito”, declarou Fernando Medina, reagindo às recentes afirmações de Carlos Moedas sobre o antigo ministro socialista no âmbito da tragédia de Entre-os-Rios.
O socialista considera que Moedas mente “repetidamente sobre assuntos de grande seriedade” para proteger a sua imagem política. “Carlos Moedas de 2025 já está demitido por Carlos Moedas de 2021”, acusou, lembrando que o atual autarca foi “o mais lesto” a exigir a sua saída quando estalou o escândalo do Russiagate.
As declarações de Medina surgem após a entrevista de Carlos Moedas à SIC, onde o presidente da Câmara afirmou que Jorge Coelho teria conhecimento prévio da fragilidade da ponte de Entre-os-Rios. Para o ex-ministro das Finanças, tal versão “não corresponde à verdade” e constitui uma “profanação da memória” do governante que morreu em 2021.
O antigo autarca justifica ainda a quebra do silêncio de quatro anos com a entrevista de Moedas sobre o recente acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortos e 22 feridos.
Já Miguel Poiares Maduro, também presente no debate da Renascença, defendeu cautela e sublinhou a importância de aguardar pelas conclusões da investigação ao descarrilamento do elevador. “Custa acreditar"que Moedas tenha feito afirmações sem ter forma de as demonstrar. Contudo defende que a "censura" deverá ser feita pelos eleitores.
Medina, que era presidente da Câmara quando o Elevador da Glória descarrilou em 2018, recordou que na altura foi feito um reforço da manutenção e da segurança da estrutura. Sublinhou ainda que a Carris, responsável pelos elevadores, “leva muito a sério o tema da segurança”, sendo este o acidente mais grave em mais de um século de operação.
Comentários