Os resultados da votação, anunciados pela presidente do conselho executivo, Vera El Khoury Lacoeuilhe, mostram que Khaled el-Enany recebeu 55 dos 57 votos possíveis, batendo o segundo candidato, o diplomata congolês Firmin Edouard Matoko.

O resultado da votação deverá ser ratificado no próximo dia 6 de novembro, na Conferência Geral da UNESCO, em Samarcanda, no Uzbequistão.

Khaled el-Enany, que deverá tomar posse como 12.º diretor-geral da UNESCO em 14 de novembro, tornar-se-á assim o primeiro cidadão de um país árabe a desempenhar o cargo e o segundo africano, depois do senegalês Amadou Mahtar Mbow (1974-1987).

Enany foi ministro das Antiguidades e do Turismo (2016-2022) do Governo egípcio, sendo também professor de Egiptologia na Universidade de Helwan, no Cairo, a que está ligado há mais de 30 anos.

No seu percurso académico, que inclui ainda o ensino da língua egípcia antiga, estão também outras instituições de ensino superior como a Universidade de Palermo, em Itália, a Universidade Paul-Valéry-Montpellier, em França, e a Universidade de Tecnologia de Brandeburgo, na Alemanha.

O próximo diretor-geral da UNESCO, que dirigiu o Museu Nacional da Civilização Egípcia, em Fustat, Cairo, é também académico correspondente do Instituto Arqueológico Alemão, em Berlim, investigador associado e membro do conselho de administração do Instituto Francês de Arqueologia Oriental.