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Villamar, mais conhecido como ‘Fito’, voltou a ser encarcerado, na quarta-feira, em La Roca, a prisão de onde escapou, pela primeira vez, numa fuga com outros membros de Los Choneros em 2013.

Em 2023, esteve algumas semanas neste mesmo estabelecimento prisional até que um ‘drone’ fez explodir o teto, tendo regressado à prisão regional de Guayaquil, de onde escapou pela segunda vez.

Macías Villamar, também conhecido no seio de Los Choneros como ‘El León’, escapou essa segunda vez entre o final de 2023 e o início de 2024, e tornou-se desde então um dos principais alvos do Presidente do Equador, Daniel Noboa, no âmbito da guerra contra o crime organizado.

Pouco depois da fuga, Noboa declarou a luta contra o crime organizado, dada a escalada de violência que levou o país a ocupar o primeiro lugar na taxa de homicídios da América Latina.

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O líder dos Los Choneros, condenado em 2011 a 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de droga, homicídio e crime organizado, foi capturado numa operação militar na cidade onde nasceu, Manta, na província costeira de Manabí, onde a organização criminosa surgiu em 1998 e se fortaleceu.

De Manta, ‘Fito’ foi transportado num avião da Força Aérea Equatoriana para Guayaquil, para ser detido em La Roca, onde estão alguns dos criminosos mais perigosos, juntamente com outros nomes famosos, como o antigo vice-presidente Jorge Glas.

‘Fito’ deverá agora aguardar nesta prisão até ser extraditado para os Estados Unidos, onde o Governo norte-americano o acusou formalmente em abril, incluindo por conspiração para distribuir cocaína internacionalmente, uso de armas de fogo e contrabando de armas de fogo dos EUA.

De acordo com a acusação, o grupo Los Choneros e o cartel mexicano de Sinaloa controlavam as principais rotas de tráfico de cocaína, através do Equador, e operavam uma rede em grande escala “responsável pelo envio e distribuição de toneladas de cocaína da América do Sul, através da América Central e do México, para os Estados Unidos e outros locais”.

O grupo Los Choneros foi também sancionado pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros, do Departamento do Tesouro dos EUA, que bloqueou contas e propriedades ligadas ao grupo ou ao próprio ‘Fito’.

Villamar liderou sozinho esta organização criminosa desde maio de 2023, num momento de colisão e conflito com outros grupos criminosos que retiraram aos Los Choneros a hegemonia da atividade criminosa no Equador, que detiveram desde a década de 1990 até cerca de 2020.

Esse confronto levou a uma crise de violência sem precedentes no Equador, que o atual Governo de Noboa procura contrariar com sucessivos estados de emergência, tendo militarizado as prisões e declarado o país em “conflito armado interno” e os grupos criminosos como terroristas.