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Numa rara pausa nas habituais atividades militares e políticas, Kim Jong-un protagonizou esta semana um momento de descontração ao lado da família, para inaugurar o novo resort balnear de Wonsan Kalma.
Segundo o The Guardian, que cita a agência estatal norte-coreana KCNA, o complexo turístico, situado na costa leste da Coreia do Norte, foi celebrado pelo líder como uma das “maiores conquistas” do país este ano.
A cerimónia de abertura teve lugar na terça-feira, 24 de junho, e contou com a presença da esposa de Kim, Ri Sol-ju, e da filha Kim Ju-ae, amplamente considerada como herdeira do regime. A jovem, com cerca de 12 anos, tem surgido com frequência ao lado do pai desde o final de 2022, alimentando especulações sobre a sua preparação para assumir a liderança do país no futuro — algo sem precedentes para uma mulher na história da dinastia Kim.
No evento, Kim Jong-un apresentou-se num fato escuro com camisa branca e gravata. Sentado junto à piscina, com um maço de cigarros, uma bebida gelada e uma toalha ao lado, o líder norte-coreano assistiu aos banhistas a descerem escorregas aquáticos, num ambiente que promove uma imagem de normalidade e lazer familiar.
O resort de Wonsan Kalma, cujo desenvolvimento se arrastou por mais de uma década, inclui instalações desportivas, zonas de restauração e espaços de lazer destinados à população local. Segundo a KCNA, as autoridades esperam receber cerca de 20 mil visitantes por ano a partir de 1 de julho, data prevista para a abertura oficial ao público.
Kim considerou a concretização do projecto como uma “realidade brilhante”, apesar dos crescentes custos de construção. Sublinhou ainda que o complexo terá um papel de destaque na “formação da cultura turística” norte-coreana. A ambição, segundo as autoridades, é que o resort venha a ganhar projeção internacional como destino cultural e turístico de nível mundial.
Contudo, as expectativas de atrair turistas estrangeiros continuam, para já, limitadas. Desde a pandemia, a Coreia do Norte mantém restrições apertadas à entrada de estrangeiros. Exceções pontuais têm sido concedidas, como a recente participação de corredores internacionais na maratona de Pyongyang — incluindo um português —, em abril, e visitas em grupo de turistas russos a determinadas regiões.
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