Kallas sublinhou que a prioridade da UE continua a ser o apoio à Ucrânia e a manutenção da pressão diplomática, económica e militar sobre Moscovo. Segundo a responsável europeia, os participantes da reunião saudaram igualmente o renovado empenho dos Estados Unidos em procurar uma saída para o conflito.
A líder da diplomacia europeia insistiu, contudo, que qualquer solução deve reconhecer claramente as responsabilidades da guerra: “Há um agressor e há uma vítima”, afirmou, reiterando que um cessar-fogo “completo e incondicional” é o passo essencial para qualquer avanço político.
Apesar disso, Kallas indicou não existirem sinais de que o Kremlin esteja disposto a suspender as operações militares. “A Rússia não está a desmobilizar a sua máquina de guerra; pelo contrário, está a reforçá-la”, disse. Na sua análise, o ponto crítico será transformar o atual cenário, em que Moscovo “finge negociar”, num contexto em que seja efetivamente compelido a sentar-se à mesa.
A diplomata destacou ainda que as sanções europeias têm provocado efeitos na economia russa e apontou falhas estratégicas e operacionais no terreno, concluindo que os constrangimentos sofridos no conflito poderão levar Vladimir Putin a procurar, através da diplomacia, os objetivos que não conseguiu impor pelas armas.
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