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As medidas defendidas pela associação visam, segundo os seus autores, aumentar a eficiência do sistema e aproximar Portugal das práticas adotadas noutros países europeus.
No domínio do financiamento, a APJF sugere que a contratualização passe a valorizar a intervenção dos farmacêuticos através da criação de consultas farmacêuticas com indicadores de desempenho e de programas específicos para dispensa de medicamentos em proximidade. A associação propõe ainda metas mais ambiciosas na utilização de genéricos e biossimilares, à semelhança do que acontece em países como a Alemanha, França e Reino Unido.
No que respeita ao circuito da prescrição e dispensa de medicamentos, os jovens farmacêuticos defendem a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar para rever o regime de renovação da terapêutica crónica e promover uma comunicação estruturada entre médicos e farmacêuticos. A proposta inclui ainda a integração de ferramentas digitais de apoio à decisão clínica, com o objetivo de reduzir desperdício e reforçar a segurança do doente.
Já na área da inovação tecnológica, a APJF inspira-se nas recomendações do estudo europeu Study on the deployment of AI in healthcare para defender a criação de laboratórios locais em hospitais universitários. Estes centros teriam a função de avaliar de forma independente os sistemas de inteligência artificial, garantindo monitorização contínua, segurança, transparência e envolvimento dos profissionais de saúde.
O presidente da APJF, Lucas Chambel, sublinha que “o SNS precisa de medidas que combinem inovação, proximidade e uso responsável dos recursos”, acrescentando que as propostas apresentadas pretendem “reforçar a qualidade dos cuidados e assegurar que Portugal acompanha as melhores práticas internacionais”.
Com este contributo, a associação procura estimular um debate público sobre o futuro do SNS, defendendo que as medidas podem ser aplicadas de forma faseada e sustentável.
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