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O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, suspendeu a produção cirúrgica adicional no serviço de dermatologia desde 21 de maio, notícia o jornal Público, após a revelação de um caso polémico envolvendo um médico que, em dez sábados, acumulou cerca de 400 mil euros por intervenções nesse regime,  incluindo mais de 50 mil euros num único dia.

A situação agravou-se por este mesmo médico estar a codificar as próprias cirurgias, algo que viola as regras internas. A suspensão levou a um aumento significativo da lista de espera, com cerca de mil doentes atualmente a aguardar cirurgia.

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O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, Carlos Martins, afirmou perante a Comissão de Saúde, no Parlamento que o caso está a ser alvo de várias auditorias internas e externas, incluindo por parte da IGAS e do Ministério Público, e garantiu que serão devolvidos eventuais pagamentos indevidos ao Estado.

Desde a suspensão, foram revistos 3919 processos clínicos e inseridos novamente no sistema informático. Apesar da produção adicional representar cerca de 30% da atividade cirúrgica, Carlos Martins sublinhou que nos outros 14 serviços com produção adicional não foram detetadas irregularidades. A monitorização inclui 12 momentos de controlo automatizado, e novas medidas foram implementadas para reforçar a transparência.

Também foi esclarecido um caso que envolve uma médica que aparecia como tendo realizado cirurgias enquanto estava fora do país,  que asseguram tratar-se de um erro já corrigido. Desde 2022, a ULS Santa Maria propôs gastos na ordem dos 40 milhões de euros para produção adicional, atualmente sob escrutínio pelas autoridades.