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A Polícia Judiciária (PJ) deteve seis pessoas no âmbito da operação “Nexus”, que investiga crimes de corrupção, fraude na obtenção de subsídios e manipulação de contratos públicos financiados por fundos europeus.

A operação, coordenada em conjunto com a Procuradoria Europeia e o DIAP Regional do Porto, mobilizou mais de 300 inspetores, que estão a realizar 103 buscas em todo o país, no âmbito de investigar um esquema que terá lesado o Estado português e a União Europeia em dezenas de milhões de euros avançou a CNN Portugal.

Entre os detidos estão um membro da administração e três funcionários de uma empresa tecnológica, um funcionário de uma empresa concessionária e um funcionário público.

Fontes da investigação confirmam que altos quadros da Universidade do Porto estão entre os principais alvos, suspeitos de envolvimento num esquema de viciação de concursos públicos para fornecimento de hardware e software informático, em troca de pagamento de subornos por parte de empresas fornecedoras.

A investigação, que começou no Norte do país mas que já abrange também a região de Lisboa, centra-se na relação entre empresas de software e hardware e entidades públicas, com indícios de manipulação de processos de contratação pública.

O esquema visava manipular concursos e garantir adjudicações de cerca de 20 milhões de euros, inflacionando preços e simulando vendas, para aceder de forma fraudulenta a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Estão também em causa suspeitas de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

A dimensão da operação reflete a gravidade do esquema em investigação, que poderá ter implicações significativas na forma como são geridos e fiscalizados os fundos europeus em Portugal.

Ao 24notícias a Direção Nacional da Polícia Judiciária confirmou que as buscas ainda estão a decorrer, não conseguindo, por isso, adiantar mais informação.

De momento sabe-se que, além da Universidade do Porto, na Universidade de Coimbra, na Casa da Música, no Banco de Portugal e no INEM também estão a decorrer buscas.

O Centro de Formação também está a ser investigado.

*Na notícia inicial o 24notícias disse que a empresa Ricoh estava a ser alvo de buscas, informação que mais tarde confirmou não ser verdadeira