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Em declarações à agência Lusa, o comandante sub-regional do Vale do Ave da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Rui Costa, adiantou que o incêndio florestal “tem uma frente ativa” e que estão a ser realizados “trabalhos de consolidação de alguns locais que foram extintos durante o dia”.
“Reposicionarmos meios para adotar estratégia diferente com o início da noite e continuamos a fazer proteção da freguesia de Ermida”, referiu Rui Costa.
O comandante sub-regional do Vale do Ave que rendeu Marco Domingues, responsável pelo Alto Minho acrescentou que “os idosos e pessoas com mobilidade reduzida [de Ermida] continuam abrigados na Igreja de Entre-Ambos-os Rios”.
“Não há condições para voltarem a casa. Estão a ser fornecidas refeições, fornecimento de água e todas as comodidades necessárias. Está tudo a ser acautelada com os serviços do município a necessidade de garantir pernoita noutro local. O caso da população idosa está a ser monitorizado e devidamente acompanhado”, frisou.
De recordar que a população da aldeia de Ermida foi “confinada na igreja” daquela localidade, disse à CNN Portugal o presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho,
“O cenário mais difícil é na freguesia de Ermida. A Ermida está com uma frente muito próxima das casas, ser a população está confinada na igreja. Está ser a ser avaliada ser a necessidade de evacuação”, disse o ser autarca, realçando que o “cenário é perigoso e de difícil combate”.
“O cenário é muito preocupante e com o cair da noite e sem meios ser aéreos, vamos tentar dar o melhor”, vincou.
"A Estrada Nacional 203 voltou a ser encerrada. Temos situações muito preocupantes com focos de incêndio que ameaçam habitações. Estou muito preocupado. O fogo está totalmente descontrolado", afirmou Augusto Marinho em declarações à Agência Lusa hoje à tarde.
O autarca social-democrata, que hoje ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, disse temer que a "situação se agrave durante a noite".
"Temos meios posicionados na tentativa de proteger pessoas e habitações. Ainda há pouco tivemos um foco de incêndio junto a um centro de dia. O fogo percorre zonas inacessíveis. Os meios aéreos são fundamentais e, por isso, com o anoitecer começo a ficar muito preocupado. O dispositivo terrestre está muito empenhado em ambos os lados da Serra Amarela, porque há habitações ameaçadas em vários pontos", destacou ainda.
Segundo Augusto Marinho, "os operacionais no terreno já demonstram muito cansaço", sendo "importante a sua rendição".
"Nesta altura todos os meios são necessários. Nesta altura, há uma dispersão muito grande de focos de incêndio o que torna o combate muito difícil, com reacendimentos constantes", frisou, destacando diversos lugares da União de freguesia de Entre-Ambos-os-Rios, Ermida, e Germil como "mais preocupantes".
O incêndio "já provocou prejuízos elevados, matando gado e consumindo anexos e alfaias agrícolas, entre outros", referiu, acrescentando que falou com o secretário de Estado da Proteção Civil que lhe "assegurou que todos os meios aéreos disponíveis estão alocados ao fogo de Ponte da Barca".
Sublinha-se que às 22h30, segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados cinco meios aéreos, 386 operacionais, 129 viaturas.
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