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A tempestade, cujo diâmetro abrange praticamente todo o arquipélago, deverá atingir a costa ainda hoje, entre Aurora e Isabela, no centro da ilha de Luzon. O Governo ordenou o encerramento de escolas e edifícios públicos em grande parte do país e mais de 300 voos foram cancelados. Partes das ilhas Visayas, no leste, já registam cortes de energia e inundações.
As autoridades alertam para chuvas torrenciais superiores a 200 milímetros, ventos destrutivos e ondas de tempestade capazes de causar inundações generalizadas, mesmo em zonas elevadas. “Além dos ventos fortes, podemos esperar precipitações intensas capazes de causar inundações generalizadas”, afirmou o meteorologista Benison Estareja, sublinhando que o Fung-wong é “suficientemente extenso para cobrir quase todo o país”.
Na província de Aurora, equipas de socorro estão a realizar operações porta a porta para garantir que os moradores procurem refúgio em locais mais altos. Na ilha de Catanduanes, os habitantes tentam reforçar as casas com cordas e pesos para evitar que sejam levadas pelo vento, refere o The Guardian. Em Cebu, a província mais afetada pelo tufão Kalmaegi da semana passada, que provocou pelo menos 224 mortos e 109 desaparecidos, as operações de resgate foram suspensas devido à aproximação do novo supertufão.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. declarou estado de emergência nacional, enquanto as autoridades estimam que mais de 30 milhões de pessoas possam ser afetadas direta ou indiretamente. O ministro da Defesa, Gilberto Teodoro Jr., apelou à obediência às ordens de evacuação, alertando que “recusar-se a sair é perigoso e ilegal”, cita a France24.
Imagens da Guarda Costeira Filipina mostram evacuações massivas em embarcações e camiões nas zonas costeiras, enquanto vídeos verificados revelam inundações em Catanduanes e ruas transformadas em torrentes de lama na região de Bicol.
O supertufão chega apenas uma semana após Kalmaegi, o mais mortal de 2025 até agora, que devastou o centro das Filipinas antes de atingir o Vietname, onde fez mais cinco vítimas. Todos os anos, cerca de 20 tempestades tropicais ou tufões atingem o arquipélago, e os cientistas alertam que as alterações climáticas estão a tornar estes fenómenos mais frequentes, intensos e destrutivos, com oceanos mais quentes a alimentar o rápido fortalecimento dos ciclones e uma atmosfera mais húmida a provocar chuvas cada vez mais violentas.
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