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Num comunicado oficial, o clube reafirma o respeito pela autonomia dos órgãos disciplinares, mas manifesta estranheza com a divulgação de informações antes de receber qualquer notificação formal, exigindo à FPF esclarecimentos urgentes sobre a eventual circulação de documentação oficial em canais privados.
Critica ainda o estado da arbitragem em Portugal, apontando problemas estruturais como a dualidade de critérios, a falta de uniformização nas decisões e o alegado condicionamento das arbitragens por intervenientes externos, incluindo comentadores “com relações privilegiadas” nos órgãos decisores. Como exemplos, o FC Porto elenca vários lances que considera controversos nesta época, desde penáltis e expulsões não assinaladas até decisões com impacto direto nos resultados.
Como o lance envolvendo Sudakov em Guimarães, as expulsões perdoadas a Richard Ríos nos jogos com o Estrela da Amadora e o Alverca, o penálti assinalado no encontro entre o Benfica e o Tondela, a expulsão perdoada a Gonçalo Inácio em Famalicão, o penálti por assinalar a favor do Braga em Alvalade e, por fim, a expulsão perdoada a Diomande na última sexta-feira, frente ao Alverca. Segundo o FC Porto, estes episódios refletem a falta de critérios consistentes e o condicionamento das arbitragens que, diz o clube, continuam a marcar o futebol português.
O comunicado destaca também o comportamento do árbitro Fábio Veríssimo, a quem o FC Porto acusa de ter proferido ameaças a dirigentes portistas após o jogo frente ao FC Arouca — ameaças que, segundo o clube, se concretizaram no encontro com o SC Braga. O FC Porto afirma que irá apresentar uma participação formal ao Conselho de Disciplina, considerando que as ações do árbitro configuram um comportamento persecutório.
O clube reage ainda ao comunicado emitido pelo SL Benfica, classificando-o de “surpreendente e irónico”, lembrando que o rival está envolvido em “episódios recentes associados ao fenómeno da arbitragem”, alguns dos quais com processos judiciais ainda em curso. O FC Porto critica o facto de o Benfica ter divulgado, antes da Supertaça, uma lista de alegados erros do árbitro Fábio Veríssimo, interpretando essa ação como uma tentativa de condicionar o seu desempenho. O texto sublinha ainda a coincidência de o quarto árbitro do jogo com o Braga ter sido o mesmo que, em maio, esteve prestes a ser agredido no Estádio da Luz, levantando questões de segurança e imparcialidade.
No final, o FC Porto considera que “todas estas circunstâncias impõem uma reflexão profunda sobre o estado atual do futebol português”, informando que solicitou uma reunião ao presidente do Conselho de Arbitragem para discutir formas de reforçar a independência e a qualidade da arbitragem. O comunicado termina com uma crítica direta aos rivais, sugerindo que “em vez de comunicados e e-mails”, se juntem para “encontrar verdadeiras soluções para os desafios estruturais do futebol português”.
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