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Desde a madrugada desta quinta-feira, o sistema informático interno do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está inoperacional em vários hospitais do país. A falha impede o acesso aos processos clínicos eletrónicos dos doentes, impossibilitando a prescrição de medicamentos, marcação de exames e registo de informações clínicas. A situação pode comprometer o normal funcionamento das consultas e cirurgias agendadas para o dia de hoje.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já alertou que, caso o problema persista, os profissionais poderão avançar com escusas de responsabilidade, uma medida que visa proteger os clínicos de eventuais consequências legais caso algo corra mal devido à falha dos sistemas.

Fontes hospitalares adiantam que os profissionais de saúde aguardam indicações superiores para saber como proceder, mas admitem que a situação é especialmente preocupante em áreas como a urgência, oncologia e bloco operatório.

Este não é o primeiro incidente do género neste mês. No início de setembro, o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, também foi afetado por uma falha informática que comprometeu cirurgias e consultas previamente agendadas.

Nessa ocasião, foi ativado o plano de contingência, com o reencaminhamento dos doentes não críticos para unidades hospitalares vizinhas. A equipa médica teve de funcionar sem acesso aos registos clínicos digitais, o que atrasou diagnósticos e tratamentos.

Segundo o hospital, a reposição dos sistemas começou no dia seguinte, e algumas funcionalidades foram gradualmente recuperadas. Com isso, foi possível retomar o funcionamento normal da urgência geral e suspender o desvio de doentes.

SNS sob pressão

O novo incidente volta a expor fragilidades nos sistemas digitais do SNS, que têm um papel central na gestão da saúde em Portugal. Além de dificultar o trabalho clínico, estas falhas afetam a confiança dos utentes e aumentam a pressão sobre os profissionais de saúde, já sobrecarregados por falta de recursos humanos e condições de trabalho.

Até ao momento, não foi divulgado o motivo da falha, nem uma previsão para a reposição total do sistema. O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente.

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