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O eurodeputado, membro do grupo de extrema-direita, Patriotas para a Europa, vai liderar os trabalhos na Comissão do Ambiente, do Clima e da Segurança Alimentar (ENVI) sobre a proposta da Comissão Europeia, apresentada no início de julho, que prevê uma redução de 90% das emissões de carbono até 2040. A iniciativa insere-se na estratégia para alcançar a neutralidade climática até 2050.
Para Knotek, a meta para 2040 não é essencial, uma vez que já existem dois objetivos em vigor: a redução de 55% até 2030 e a neutralidade climática até 2050.
O eurodeputado argumenta que a Europa tem feito mais do que outros blocos no combate às alterações climáticas e que os custos económicos e sociais são elevados para os cidadãos europeus, sem garantias de impacto global significativo.
Vamos esperar que os outros tenham os mesmos dois objetivos juridicamente vinculativos, vamos esperar que os outros tenham este terceiro objetivo e depois podemos acompanhar. Ninguém diz que a Europa tem de ser o porta-estandarte", afirmou em declarações à Euronews.
A nomeação de Knotek para liderar este dossiê gerou críticas entre os eurodeputados de grupos de centro e esquerda, como os Socialistas e Democratas, Renew Europe, Verdes/ALE e A Esquerda, que se opõem à eliminação da meta de 2040. A posição final do Parlamento dependerá da decisão do maior grupo, o Partido Popular Europeu (PPE), que, segundo Knotek, está dividido sobre o tema.
Depois da aprovação parlamentar, a proposta terá de ser negociada com os 27 Estados-Membros. A Comissão Europeia esperava ver o objetivo de 2040 consagrado na lei antes da cimeira climática COP30, que se realiza no Brasil, em novembro.
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