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"Em seis anos, Portugal somou 2211 vítimas de tráfico de seres humanos, segundo o Grupo de Especialistas sobre a Acção contra o Tráfico de Seres Humanos (GRETA), que passou, entre 14 e 18 de Julho, por Portugal para avaliar a implementação da Convenção do Conselho da Europa relativa à luta contra o tráfico de seres humanos", lê-se num artigo publicado esta quarta-feira pelo jornal Público.
A publicação teve acesso a um relatório que só deverá ser publicado no próximo ano, que ressalva ainda que "o tráfico de seres humanos em Portugal prende-se com a persistência das dificuldades das vítimas em serem ressarcidas da exploração a que foram sujeitas".
"Nas respostas ao questionário, a que o PÚBLICO teve acesso, reconhece-se que, nos últimos 20 anos, entre 2004 e 2024, apenas 25 vítimas reclamaram uma indemnização, maioritariamente por via das associações que as apoiam no terreno. Daquelas, apenas 11 viram o seu pedido satisfeito", lê-se.
Houve assim lugar a indemnização a apenas 11 pessoas, sendo sete delas mulheres, "das quais quatro foram exploradas sexualmente. O documento preliminar aponta ainda o caso de uma rapariga que fora vendida pela mãe e posteriormente devolvida para depois ser novamente vendida a uma família que residia em Portugal e cujo pai e filho a mantinham como criada e de quem abusaram sexualmente, até a engravidarem".
Entre estas pessoas envolvidas nestes casos de tráfico humano, destacam-se as provenientes de Moçambique, Índia, Roménia, Nepal, que vieram para Portugal, essencialmente, trabalhar na agricultura.
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