
Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
“Sabemos que na cimeira da NATO [que começa na terça-feira em Haia] está previsto anunciar o início de um programa em grande escala para continuar a aumentar o potencial da Aliança”, afirmou Vladimir Putin, ao discursar perante um grupo de licenciados de escolas e academias militares, num ato transmitido em direto pela televisão russa.
“Para a implementação, os orçamentos militares dos países-membros serão aumentados. […] Disto conclui-se claramente quem é que realmente provoca uma militarização global e uma corrida ao armamento”, acrescentou.
Putin, que se referiu expressamente ao novo limite de 5% do produto interno bruto (PIB) em gastos com armamento que os aliados devem acordar, garantiu que os Estados-membros da NATO já gastam neste setor “mais do que todos os países do mundo juntos”, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Nesse sentido, Putin referiu que a Aliança Atlântica “tenta justificar” essa ambição em defesa recorrendo à “ideia de ameaças” por parte da Rússia, a “algum tipo de possível invasão” de territórios que replicaria a ofensiva que ainda continua em aberto na Ucrânia e que começou em fevereiro de 2022.
“Inventaram esta história e repetem-na ano após ano”, salientou Putin, que descreveu estas suspeitas recorrentes sobre os planos de Moscovo como “mentiras descaradas”.
O Presidente russo aproveitou o discurso numa reunião com estudantes militares para anunciar um reforço da “tríade nuclear”, um termo com o qual se conhecem as Forças Nucleares Estratégicas e que inclui mísseis intercontinentais, submarinos atómicos e aviação estratégica.
Mais concretamente, Putin, que avançou que o governo vai continuar a prestar “especial atenção” a esta tríade, confirmou a incorporação de novos mísseis Yars e bombardeiros Tu-160-M.
Além disso, a Rússia iniciou a produção em série do míssil de médio alcance Oreshnik, que, segundo Putin, “demonstrou um excelente desempenho em combate”.
As Forças Armadas russas já utilizaram este míssil hipersónico para bombardear a Ucrânia.
Comentários