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O primeiro relatório oficial sobre o acidente do Elevador da Glória foi divulgado este sábado. O documento confirma que o cabo que ligava as duas cabinas cedeu na cabina n.º 1, provocando o descarrilamento que matou 16 pessoas e feriu 23, dez delas em estado grave.

As análises indicam que os restantes componentes — cabos, polias e volante de inversão — estavam lubrificados e sem anomalias aparentes. O relatório sublinha que a falha não podia ser detetada numa inspeção visual, e que os travões, mesmo acionados imediatamente, não tinham força suficiente para imobilizar as cabinas sem o cabo a equilibrar os pesos.

O sistema de emergência funcionou como previsto, mas ainda não se sabe se o travão pneumático automático atuou corretamente durante o acidente.

Também permanece em aberto a questão sobre qual entidade pública tem a responsabilidade de supervisionar o funcionamento e segurança do ascensor, que não está sob a tutela do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

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Entre as imagens e dados revelados, sabe-se que uma das cabinas deslizou cerca de 10 metros antes de parar e que a outra embateu a cerca de 60 km/h, num acidente que se desenrolou em menos de um minuto. Mas como é que esta tragédia poderia ter sido evitada? Que falhas legais, de manutenção ou de projeto ficaram por detetar?

O dia ficou marcado por estas questões sem resposta, que permanecem como desafios centrais para a investigação — como foi possível que uma falha no cabo passasse despercebida? Até que ponto a manutenção e os sistemas de emergência atuais são suficientes para prevenir tragédias similares? E, talvez a pergunta mais importante, qual é a entidade responsável por garantir a segurança e a supervisão do Elevador da Glória?

À medida que as autoridades continuam a analisar os destroços e os procedimentos, estas incógnitas deverão orientar o próximo capítulo de apuramento de responsabilidades e medidas de prevenção.