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"Os investigadores identificaram mitos disseminados no TikTok e noutras plataformas de redes sociais como um dos principais fatores que levam as utilizadoras a sofrer efeitos secundários reais, mas de origem psicológica. É o chamado "efeito nocebo", o oposto do mais conhecido efeito placebo", lê-se no artigo.
Experimentá-lo está intimamente ligado à ansiedade, depressão e fadiga, com os especialistas a afirmarem que as pessoas se tornam "cautelosas com tudo o que acreditam que pode piorar [as condições]". Isto, por sua vez, estimula o efeito.
Isto já foi observado com outros medicamentos, mas o estudo, realizado por psicólogos da Universidade de Sheffield, é o primeiro a relacionar a síndrome com o uso da pílula, que desceu drasticamente.
A pílula continua a ser o método contracetivo mais popular em Inglaterra, mas a proporção de mulheres que acedem aos serviços de saúde sexual do NHS, serviço de saúde britânico, e a utilizam como método contracetivo desceu de 39% em 2020-21 para 28% em 2023-24.
Os responsáveis do NHS estão preocupados com o papel dos influenciadores no TikTok e no YouTube, que publicaram conteúdos a alertar as mulheres contra o uso da pílula e a defender o uso de métodos contracetivos "naturais".
Por exemplo, um deles alegou que a pílula "rouba-nos a saúde" devido a efeitos secundários "comuns", incluindo um alegado risco aumentado de problemas da tiroide, coágulos sanguíneos e acidentes vasculares cerebrais.
"Os especialistas em saúde sexual acreditam que o declínio da adesão e o facto de dois terços das mulheres que o utilizam deixarem de o fazer em dois anos são as principais razões pelas quais o número de abortos em Inglaterra e no País de Gales aumentou drasticamente nos últimos anos e atingiu o recorde histórico de 251.377 em 2022 — mais 17% do que no ano anterior", diz o artigo.
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