
Caminhar sete mil passos por dia pode reduzir o risco de doenças crónicas, de perda de capacidades mentais e de morte, indica um estudo divulgado na quarta-feira na revista científica "The Lancet".
O estudo, divulgado na quarta-feira na revista científica "The Lancet", afirma que O ideal é completar seis mil passos por dia, um objetivo mais realista do que os dez mil atualmente recomendados, sublinham os autores.
Enquanto trabalhos anteriores se concentraram no impacto das caminhadas, uma atividade física moderada, na saúde cardíaca ou nas taxas gerais de mortalidade, este analisou, pela primeira vez, os seus efeitos em diferentes condições de saúde.
Segundo o estudo, ao aumentar de dois mil para sete mil passos, o equivalente mais ou menos a cinco quilómetros, reduz-se quase para metade (47%) o risco de morte prematura por todas as causas, bem como o risco de doenças cardiovasculares (25%), cancro (6%), diabetes tipo 2 (14%), demência (38%), depressão (22%) e quedas (28%).
"Não é preciso dar 10 mil passos por dia para ter grandes benefícios para a saúde", disse Paddy Dempsey, coautor do estudo e investigador médico da Universidade de Cambridge, à agência France-Presse, acrescentando que "os maiores ganhos ocorrem aos sete mil passos, a partir dos quais tendem a estabilizar".
O trabalho baseia-se em dados de mais de 160 mil adultos. De recordar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana.
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