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No final da reunião, o presidente francês deixou um recado: “Ao momento em que falamos de paz, a Rússia continua a matar e a destruir.”, revela o jornal Le Monde. Macron reiterou que qualquer negociação deve partir do respeito pela soberania ucraniana e pelo direito do país a defender o seu território.
Macron anunciou que França e Ucrânia “finalizaram o trabalho sobre as garantias de segurança”, descrevendo-as como essenciais “para a segurança dos europeus, dos franceses e dos próprios ucranianos”.
Segundo o chefe de Estado, Paris espera dialogar “nos próximos dias” com responsáveis americanos para precisar o papel dos Estados Unidos neste compromisso. Paralelamente, estão também a decorrer conversações para que Moscovo dê “toda a clareza possível ao mediador americano sobre a sua vontade de paz”.
As declarações surgem ao mesmo tempo que delegações dos Estados Unidos se deslocam a Moscovo para contactos sobre o futuro das negociações.
Zelensky: “Não podemos dar à Rússia a impressão de que a guerra compensa”
Ao lado de Macron, Volodymyr Zelensky reforçou que qualquer avanço diplomático deve evitar a perceção de que o Kremlin é recompensado pela agressão.
“Devemos garantir que a Rússia não tenha a impressão de obter uma recompensa pela guerra”, afirmou o presidente ucraniano.
Zelensky sublinhou que a Ucrânia permanece aberta a negociações, mas não a concessões territoriais impostas pela força.
“Só a Ucrânia pode discutir território”
Macron elogiou o papel dos Estados Unidos como intermediários no processo, reconhecendo “o trabalho conduzido pela equipa americana sob a autoridade do Presidente Trump”. Contudo, o líder francês foi categórico ao definir os limites da mediação internacional: “A Ucrânia é a única que pode discutir de território.”
O presidente reafirmou que qualquer debate sobre garantias de segurança deve incluir Kiev, os aliados europeus e os países da coligação de apoio à Ucrânia, já que são esses Estados que assumirão o papel de garantes de um futuro acordo.
Em Berlim, o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro polaco Donald Tusk, procuraram apresentar um sinal de unidade perante a pressão crescente para definir uma estratégia comum rumo à paz.
Merz rejeitou qualquer solução que surgisse como uma “paz ditada” à Ucrânia e defendeu coordenação reforçada entre parceiros europeus. Sublinhou igualmente a importância de continuar a apoiar Kiev contra o “agressor russo”, mantendo a coesão transatlântica e explorando mecanismos financeiros como a utilização de ativos russos congelados.
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