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O prémio distingue a sua trajetória fecunda e coerente na criação estética, sublinhando o resgate da dignidade da poesia e a relevância antropológica e histórica da sua obra, que inclui poesia, crónica e ficção narrativa.
Nascida em 1952, no Lubango, Huíla, Ana Paula Tavares é licenciada em História e Mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade de Lisboa. Entre 1983 e 1985, coordenou o Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação Histórica em Luanda, e foi membro do júri do Prémio Nacional de Literatura de Angola entre 1988 e 1990.
A autora integra a “geração de 80”, preocupando-se especialmente com a condição da mulher na sociedade angolana. A sua poesia utiliza um “sujeito poético” feminino como veículo de denúncia e libertação, explorando símbolos como cores, frutos e ornamentos, mesclando religiosidade cristã e realidade africana. Entre os seus livros de poesia destacam-se: Ritos de Passagem (1985), O Lago da Lua (1999) e Dizes-me Coisas Amargas Como os Frutos (2001), tendo também publicado crónicas e ensaios sobre a história de Angola.
O júri do Prémio Camões 2025 foi composto por representantes de Portugal, Brasil e países africanos de língua portuguesa, reunindo-se virtualmente para deliberar. Pelo lado português participaram os académicos Ana Mafalda Leite (Universidade de Lisboa) e José Carlos Seabra Pereira (Universidade de Coimbra). Pelo Brasil, integraram o júri os académicos Maria Lucia Santaella Braga e Arno Wehling. Pelos países africanos de língua portuguesa, participaram o académico Francisco Noa (Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane) e o poeta, escritor e crítico literário Lopito Feijó (Angola).
Ana Paula Tavares vive atualmente em Lisboa, onde é docente na Universidade Católica, e mantém uma colaboração regular com a RDP África, apresentando uma crónica semanal sobre história, literatura e cultura.
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