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Concebidos com tecnologia de hidrofólios, asas submersas que elevam o casco e reduzem o atrito, estes barcos prometem transformar o transporte aquático urbano, turístico e intermunicipal.

“A MobyFly é uma empresa de tecnologia que concebe e fabrica embarcações de alta velocidade e zero emissões para o mercado de ferries rápidos. Os nossos barcos “voam” acima da superfície da água através de hidrofólios, reduzindo de forma significativa o atrito e o consumo de energia”, explica Sue Putallaz, CEO da MobyFly.

A ideia da MobyFly surgiu em 2019, quando os fundadores identificaram uma oportunidade para revolucionar o transporte coletivo aquático através da combinação de eficiência, sustentabilidade e tecnologia avançada. A empresa foi oficialmente fundada em 2020 e tem desde então trabalhado no desenvolvimento de embarcações para o mercado global de ferries rápidos.

“O nosso objetivo é combater o impacto ambiental do transporte marítimo tradicional, oferecendo uma alternativa rápida, limpa e economicamente eficiente para a mobilidade de passageiros e carga”, refere Sue.

O primeiro barco comercial deverá ser lançado em 2026, com projetos-piloto já em andamento em várias regiões do mundo. A empresa concebe, desenvolve e comercializa as suas embarcações para operadores públicos e privados, com foco na mobilidade urbana, no turismo e no transporte rápido entre cidades.

Até 80% menos energia

De acordo com a empresa, comparados com os barcos convencionais, os modelos da MobyFly consomem até 80% menos energia e permitem reduzir os custos de manutenção em cerca de 60%. Além de não emitirem poluentes, geram praticamente nenhuma ondulação e são substancialmente mais silenciosos, algo que, segundo a CEO, melhora significativamente a experiência de navegação.

“As nossas embarcações são quase silenciosas e proporcionam uma viagem muito mais confortável para os passageiros”, sublinha.

11 milhões para produzir barcos que voam…e mais a caminho

Entrar num setor tão regulamentado como o marítimo implicou grandes desafios de investigação e desenvolvimento para a organização. Um dos momentos mais marcantes foi, por isso, a “conclusão bem-sucedida” da ronda de investimento Série A, realizada num contexto difícil para o setor das tecnologias limpas.

A startup, que também tem base no Porto, conseguiu recentemente angariar cerca de 11 milhões de euros para acelerar a sua missão de conceber e entregar embarcações de zero emissões destinadas ao mercado dos ferries rápidos.

Agora, a startup  está a preparar uma nova ronda de investimento, destinada a acelerar o desenvolvimento tecnológico e a expansão internacional.

“Estamos abertos a investidores estratégicos que partilhem a nossa visão de um transporte coletivo aquático limpo, económico e sustentável. O nosso objetivo é implementar embarcações MobyFly nas principais cidades do mundo e tornar a mobilidade aquática sustentável acessível ao maior número possível de pessoas”, antecipa Sue Putallaz.

Daqui a cinco anos, a startup espera ter frotas de embarcações MobyFly a operar na Europa, Ásia e Américas, ajudando as cidades a reduzir a congestão, a poluição e as emissões de carbono. A grande ambição da empresa passa por fazer com que os barcos deixem de ser apenas parte da paisagem marítima e se tornem elementos essenciais da mobilidade urbana: rápidos, silenciosos e sem impacto ambiental.

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