
A poucos dias do arranque da sua 10.ª edição, o Porto Pianofest ofereceu esta manhã aos utentes da estação de metro da Trindade um momento musical improvável. Em plena hora de ponta, a pianista canadiana Michelle Lynne, conhecida pelos seus concertos “Candlelight” pela Europa, sentou-se ao piano instalado pela Critical Software para um concerto surpresa que uniu Bach e Coldplay no mesmo repertório.
O gesto, que se repetiu ao longo do dia, foi uma forma de antecipar o espírito da edição comemorativa do festival, que decorre de 1 a 12 de agosto, com 25 eventos em várias cidades da região. O piano da estação da Trindade foi instalado em 2024 pela Critical Software com o objetivo de democratizar o acesso à música e criar encontros inesperados.
“A música que irrompe no metro, de forma inesperada, mostra-nos que a arte tem o poder de transformar espaços comuns em momentos de comunhão”, afirmou Joana Pires Araújo, responsável pela área de Cultura & Impacto da Critical Software, em comunicado.
“Procurámos criar um momento diferente, que pusesse o piano em contacto com um público abrangente”, acrescentou Nuno Marques, pianista e diretor artístico do festival.
Maratona no Bolhão e concertos por toda a cidade
Antes da abertura oficial, realiza-se a Maratona de Piano, a 30 de julho, no Mercado do Bolhão, com oito horas seguidas de música entre as 10h e as 18h, protagonizadas por dezenas de pianistas.
A 10.ª edição do Porto Pianofest arranca a 1 de agosto, na Casa da Música, com o Trio Baptiste Trotignon, que mistura jazz com clássicos populares como Queen, Nirvana ou Radiohead.
O cartaz percorre 13 espaços diferentes, incluindo o Porto, Matosinhos, Vila Nova de Famalicão e Vila do Conde, e traz várias estreias e nomes sonantes:
- 2 de agosto – Artur Pizarro na Câmara Municipal do Porto
- 3 de agosto – Estreia nacional de Anthony DeMare no Auditório de Serralves
- 4 de agosto – Alexandre Thomas no Conservatório de Vila do Conde
- 3 e 4 de agosto – José Ramon Mendez e Jean Saulnier na Reitoria da Universidade do Porto
- 12 de agosto – Encerramento com o consagrado Alexandre Kobrin no Salão Árabe do Palácio da Bolsa
O festival conta ainda com masterclasses, concertos gratuitos e iniciativas como o ciclo “Música à Hora do Almoço” (6, 7 e 8 de agosto), em espaços como a Casa Comum da Universidade do Porto e o Museu Romântico. No dia 9 de agosto, o espetáculo “As histórias que nos habitam” junta a Orquestra Sinfonietta de Braga a uma dupla americana de indie music no Pátio do Romântico.
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