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A obra em causa é "Together", um filme de terror realizado por Michael Shanks e protagonizado por Dave Franco e Alison Brie, que estreou em janeiro no Festival de Sundance e já tinha sido lançado nos EUA e na Austrália em julho, com uma classificação de 90% no Rotten Tomatoes.

Durante as exibições limitadas na China, a 12 de setembro, espetadores repararam em mudanças significativas. Uma das cenas mais contestadas foi a de um casal homossexual, em que um dos homens foi substituído digitalmente por uma mulher, apagando assim a referência à relação entre pessoas do mesmo sexo. Também foram adicionados elementos visuais, como vapor extra numa cena de duche, para ocultar nudez.

A distribuidora global do filme, Neon, condenou a manipulação, e acusou a empresa chinesa Hishow de ter feito alterações sem autorização. “A Neon não aprova esta edição não autorizada do filme e exigiu a suspensão imediata da sua distribuição”, afirmou a empresa num comunicado citado pela BBC.

Este não é o primeiro caso de censura digital no país. Já com o filme "Oppenheimer", a nudez da atriz Florence Pugh foi substituída por um vestido gerado por inteligência artificial para a versão chinesa. Além disso, autoridades intensificaram recentemente o controlo sobre conteúdos LGBT, com dezenas de escritores de literatura homoerótica detidos desde fevereiro.

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