Denominada "Capital Segura", a operação policial aconteceu na noite de 02 de junho, em 21 bairros da capital do país, culminando com 17 detidos, entre 17 e 38 anos.

Segundo a PN, dos detidos 12 foram conduzidos à esquadra para identificação e cinco apresentados ao Ministério Público por alegada prática de roubo na residência, posse de armas e estupefacientes.

Ainda no âmbito da operação, foram aprendidos vários objetos, entre os quais uma arma de fogo de fabrico artesanal "boca bedjo", uma pistola de brinquedo utilizada em assaltos, várias armas brancas e estupefacientes do tipo canábis e haxixe.

Também foram ainda apreendidos vários outros produtos de proveniência ilícita, nomeadamente um computador portátil, máquina de jogos de fortuna ou azar, uma moto, documentos de viaturas, vestuário e outros bens pessoais.

A operação aconteceu no mesmo dia em que o ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Rocha, anunciou que a PN vai realizar operações especiais de prevenção criminal na ilha de São Vicente, para travar a onda de criminalidade das últimas semanas.

Nas últimas semanas têm sido conhecidos vários casos de criminalidade na Praia e no Mindelo, ilha de São Vicente, as duas maiores cidades do arquipélago, além de assaltos constantes a estabelecimentos comerciais.

Na quinta-feira, o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) vai interpelar o Governo no parlamento sobre a criminalidade no país.

A interpelação vai acontecer duas semanas após o deputado do grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) Manuel Moura ter sido baleado na sequência de um assalto em frente à sua residência, no bairro de Terra Branca, na Praia.

Na sexta-feira, o Governo de Cabo Verde lançou, na Praia, uma campanha destinada a jovens e para prevenir criminalidade, após reconhecer que "apesar das situações de fragilidade que vêm dando lugar às criminalidades, nem tudo está perdido".

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