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A FIFA, órgão máximo do futebol mundial, anunciou esta quarta-feira uma seleção feminina de refugiados do Afeganistão, que conta também com jovens futebolistas que estão em Portugal e em outros países como a Austrália e os Estados Unidos.

A seleção de 23 jogadoras vai disputar uma série de jogos num torneio amigável no Dubai este mês, supervisionado pela entidade máxima do futebol mundial e precedido por um período de treinos. Vão defrontar o Chade, a Líbia e os Emirados Árabes Unidos.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, saudou a criação da seleção feminina como um momento "marco". No entanto, a iniciativa não chega a ser reconhecida como a seleção nacional do país, esse que é o objetivo final das jogadoras.

Os regulamentos da FIFA exigem o reconhecimento da Federação Afegã de Futebol (AFF), que proibiu completamente os desportos femininos. Os próprios estatutos de igualdade de género da FIFA referem que a discriminação de género "é estritamente proibida e punível com suspensão ou expulsão", mas a entidade reguladora ainda reconhece a AFF.

"Estou muito grata por isto ter acontecido ao fim de quatro anos, a FIFA a dar-nos a oportunidade e basicamente a abrir as portas e a ser acolhedora para nós. Mas eu própria preferiria o título da seleção feminina do Afeganistão, e sinto que muitas das minhas colegas de equipa estão na mesma página que eu neste momento", diz a defesa Narges Mayeli.

“Queremos mais do que isto da FIFA”, disse a jogadora Zainab Mozaffari à CNN Sports. “Estamos cansadas de sermos chamadas de ‘refugiadas’.”

Solicitada a comentar, a FIFA declarou à CNN Sports, em comunicado, que “a organização da Seleção Feminina Afegã de Refugiados representa um passo significativo e marcante para dar às jogadoras afegãs a plataforma e o reconhecimento internacional a que aspiram.

“Apesar dos desafios e circunstâncias complexos e excecionais, acreditamos que estamos no bom caminho e orgulhosos do que foi alcançado até agora, mesmo nas fases iniciais da implementação desta estratégia histórica”, acrescentou o comunicado.

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