
“Penso que todas as instâncias europeias estão a acompanhar atentamente a evolução atual e esperam sinceramente que sejam encontradas formas de respeitar os compromissos internacionais, nomeadamente em matéria de apresentação de orçamentos”, afirmou Christine Lagarde, questionada sobre o assunto num evento organizado pela Business France em Paris.
O primeiro-ministro demissionário Sébastien Lecornu reuniu-se com as forças políticas para “negociações finais” rápidas sobre o orçamento de 2026, conforme solicitado pelo Presidente Emmanuel Macron.
A sua saída precipitada compromete a aprovação atempada de um orçamento, que deveria ser entregue ao Parlamento até 13 de outubro.
Sébastien Lecornu havia dito que desejava reduzir o défice público para 4,7% do produto interno bruto (PIB) em 2026 e para um máximo de 3% em 2029, ou seja, ao nível das exigências europeias.
Em caso de fracasso das negociações, o Presidente assumirá as suas “responsabilidades”, disse a equipa de Emmanuel Macron, que se reuniu com a presidente da Assembleia Nacional e o presidente do Senado.
Perante a incerteza política, os meios económicos estão preocupados com o abrandamento. É o caso do presidente da principal organização patronal, Medef, Patrick Martin, que expressou na terça-feira na franceinfo a sua “ira”.
“Uma França estável é uma contribuição importante para a Europa”, afirmou na terça-feira à noite o porta-voz do governo alemão.
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