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A presidente, de 63 anos, que é alvo de protestos devido à explosão da violência de grupos criminosos no país, passará a ganhar o equivalente a 8.482 euros, segundo decreto anunciado numa entrevista coletiva.
A Presidência peruana tinha negado em maio versões da imprensa de que Dina procurava aumentar o que ganha mensalmente. O salário presidencial estava congelado no país desde 2006.
O governo fixou a nova remuneração mensal da presidente em 35.568 soles, em vez dos 16.000 anteriores. "Estabeleceu-se uma metodologia que compara os salários em dólar dos presidentes de 12 países latino-americanos", explicou o ministro da Economia, Raúl Pérez-Reyes. Segundo ele, o salário presidencial no Peru "ocupava o 11.º lugar" e superava apenas o da Bolívia.
"É o pior momento para divulgar esta notícia, devido aos níveis de aprovação próximos de zero" da presidente, disse ao canal de TV N o economista e académico Jorge González Izquierdo, para quem a decisão deve causar "uma tempestade política e social".
Dina Boluarte é investigada pelo Ministério Público por suspeita de ter se ausentado do cargo para se submeter a uma rinoplastia sem informar o Congresso, desrespeitando a lei. Também tem um processo aberto por não ter declarado relógios de luxo que usou em público.
No poder desde dezembro de 2022, a chefe de Estado tem, há mais de um ano e meio, um índice de desaprovação superior a 90%. Em maio, a sua aprovação era de apenas 2%, segundo sondagem da empresa Ipsos.
No início de maio do ano passado, a imprensa local revelou que o Ministério da Economia e Finanças tinha elaborado um relatório propondo um aumento de 122% no salário de Boluarte.
O salário da Presidente já era ligeiramente superior ao dos últimos antecessores no cargo.
A aprovação desta proposta do Ministério da Economia e Finanças do país fixa o salário de Boluarte quase trinta e cinco vezes o salário mínimo nacional (1.025 soles, 244,5 euros).
Os últimos presidentes peruanos, Alejandro Toledo (2001-2006), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020), Francisco Sagasti (2020-2021) e Pedro Castillo (2021-2022), auferiam 15.600 soles (3.721 euros) por mês.
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