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De acordo com a DGS, “entre 2022 e 2024 foram identificados 3,89 milhões de utentes que fizeram avaliação no SNS do risco de desenvolverem Diabetes tipo 2, correspondendo globalmente a 62% da população alvo (população adulta), o que representa um aumento de 7% face ao período anterior”.

O relatório destaca também uma evolução positiva no controlo metabólico e de outros fatores de risco cardiovasculares, nomeadamente “glicose e pressão arterial”.

Mais de 930 mil pessoas vivem com diabetes em Portugal

No final de 2024, “totalizavam-se mais de 930 mil pessoas identificadas em Portugal com diabetes”, indica o relatório. Estima-se que cerca de 33 mil tenham diabetes tipo 1.

Desde fevereiro de 2025, as bombas de insulina passaram a ser dispensadas nas farmácias comunitárias, o que, segundo a DGS, “facilitou o acesso e verificou-se um crescimento exponencial do número de pessoas a utilizar este tipo de tratamento”.

“No final do primeiro semestre de 2025 encontravam-se em tratamento 5537 utentes com diabetes tipo 1, dos quais 3546 com Sistemas de Administração Automática de Insulina”, refere o documento.

Rastreios com adesão desigual e amputações ainda elevadas

Em 2024, 46% das pessoas com diabetes foram convidadas a realizar o rastreio da retinopatia diabética, mas “apenas 29% o realizaram”, sendo que “3% apresentaram um rastreio positivo”.

Quanto ao rastreio da nefropatia, “foi realizado em 74% dos utentes”, e o rastreio do pé diabético chegou a “83% dos utentes com diabetes”. Ainda assim, a “taxa de amputações do pé diabético mantém-se elevada”, alerta o relatório.

Nos últimos anos, “têm diminuído os episódios de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) em pessoas com diabetes”, embora a doença “continue a estar presente em 1/3 dos episódios de EAM ou AVC”.

Aumento da despesa com medicamentos e dispositivos

O relatório aponta ainda para um aumento da despesa associada à doença. “O consumo e a despesa com medicamentos cresceram de 493 milhões de euros em 2023 para 616 milhões em 2024”, revela a DGS.

Também a despesa com “dispositivos de monitorização da glicose intersticial aumentou de 49 para 55 milhões de euros”, correspondendo “a cerca de 40 mil pessoas a utilizar este tipo de monitorização em 2024”.

Para reforçar a resposta à doença e “consolidar a coordenação eficiente entre os diferentes níveis de cuidados de saúde”, a DGS anunciou esta terça-feira a nomeação das Equipas de Coordenação Local do Programa Nacional para a Diabetes, com o objetivo de “promover uma maior integração entre cuidados primários, hospitalares e a comunidade”.

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