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Andriy Parubiy, antigo presidente do parlamento ucraniano, foi assassinado a tiro em Lviv. O homicídio ocorre enquanto ministros europeus discutem formas de pressionar Moscovo a negociar o fim da guerra na Ucrânia.
Quem foi Andriy Parubiy?
Andriy Parubiy foi um destacado político ucraniano, membro do parlamento e presidente da câmara entre 2016 e 2019. Figura central na Revolução Maidan de 2013, que promoveu uma orientação pró-europeia na Ucrânia, Parubiy era considerado um defensor firme da democracia e da integração europeia.
O que aconteceu em Lviv?
Este sábado, Parubiy foi assassinado a tiro em Lviv, no oeste da Ucrânia. As autoridades ucranianas confirmaram o homicídio e anunciaram a abertura de uma investigação criminal. O presidente Volodymyr Zelenskyy condenou o ataque, classificando-o como um “assassinato horrível”.
O assassinato ocorre durante uma reunião informal em Copenhaga, onde ministros europeus discutiam medidas para pressionar Moscovo a negociar o fim da guerra na Ucrânia. A União Europeia reforça a diplomacia e o envio de mensagens claras de que a Rússia não está a preparar-se para a paz, segundo a vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas.
Que medidas estão a ser discutidas pela União Europeia?
Os ministros consideraram várias opções, incluindo novas sanções contra a Rússia, como proibições de importação, tarifas, sanções secundárias a terceiros que negociem com o país, e esforços para controlar a chamada “frota fantasma” russa, usada para contornar restrições às exportações de petróleo.
Os ministros da UE avaliaram a possibilidade de usar os ativos congelados da Rússia para financiar a reconstrução da Ucrânia, estimada em 506 mil milhões de euros na próxima década. Kaja Kallas sublinhou que “não é concebível que a Rússia volte a ver este dinheiro sem compensar integralmente os danos causados à Ucrânia”.
Que posição tem a UE sobre a guerra?
A União Europeia e os seus Estados-membros apoiam esforços diplomáticos para acabar com a guerra, mas reconhecem que a Rússia continua a preparar-se para mais confrontos. A chefe da política externa europeia sublinhou que qualquer ação futura “seria mais eficaz se fosse acompanhada pelos nossos parceiros transatlânticos”.
Que medidas adicionais estão a ser defendidas por Zelenskyy e pelos líderes europeus?
O presidente ucraniano apelou a medidas severas, incluindo sanções bancárias e energéticas, denunciando que a Rússia está a aproveitar o tempo para preparar novos ataques massivos. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, afirmou que apenas “pressão dura” fará com que o presidente russo Vladimir Putin responda.
Qual é o próximo passo?
Nos próximos dias, os ministros da União Europeia deverão propor medidas concretas com base nas discussões informais. O objetivo é combinar pressão diplomática e económica para obrigar Moscovo a aceitar negociações que possam levar ao fim da guerra e à reconstrução da Ucrânia.
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