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Segundo o jornal Le Monde, “o candidato, o diretor da sua campanha e os dois diretores do partido político que apoiava o candidato são, portanto, definitivamente condenados”.

Na segunda instância, a Corte de Apelação de Paris tinha condenado Sarkozy a um ano de prisão, dos quais seis meses efetivos, e o restante com medidas de flexibilização da pena, incluindo pulseira eletrónica e semi-liberdade. A investigação demonstrou que, para mascarar a escalada das despesas da campanha — quase 43 milhões de euros para um máximo autorizado de 22,5 milhões — foi criado um sistema de dupla faturação, imputando parte dos custos à UMP, então partido de Sarkozy, através de contratos fictícios. Ao contrário dos seus co-réus, Sarkozy não era acusado de criar as falsas faturas, mas sim como beneficiário de financiamento político ilegal.

O Le Monde refere que, tanto em primeira instância como em recurso, Sarkozy contestou “veementemente qualquer responsabilidade penal”, denunciando “fábulas e mentiras”.

Esta nova condenação definitiva pode complicar ainda mais a situação judicial de Sarkozy, especialmente em relação ao processo de apelo do caso líbio, agendado entre 16 de março e 3 de junho de 2026. Em setembro de 2025, o tribunal correcional de Paris condenou Sarkozy a cinco anos de prisão por permitir que os seus colaboradores contactassem a Líbia de Muammar Kadhafi com o objetivo de obter financiamento ilegal para a sua campanha presidencial de 2007.

Nicolas Sarkozy, que nega as acusações, foi detido três semanas na prisão de La Santé, uma ocorrência inédita para um ex-presidente francês, e libertado sob controle judicial a 10 de novembro. O ex-presidente publicará um livro sobre a experiência, intitulado Le Journal d’un prisonnier, um mês após a libertação, com relatos sobre as condições da prisão, reflexões sobre justiça e política e consequências das suas condenações.

O Le Monde destaca que a publicação do livro já suscitou reações variadas, com alguns interpretando-o como uma tentativa de reabilitação e outros como um testemunho único sobre a vida carcerária de um antigo chefe de Estado.

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