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A CNN partilha o estudo, personificando-o em Tammy Maida, diagnosticada com Alzheimer aos 50 e poucos anos. Participou num ensaio clínico de 20 semanas com alterações rigorosas à alimentação, exercício, gestão de stress e vida social. O que fez com que tenha recuperado capacidades cognitivas perdidas, como ler, fazer contas e manter rotinas diárias. Após 40 semanas de intervenção, o progresso continuou.

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Segundo o estudo, 46% dos 26 participantes melhoraram em pelo menos três de quatro testes cognitivos. Outros 37,5% mantiveram o estado cognitivo, o que significa que mais de 83% beneficiaram da intervenção. O estudo demonstrou também uma correlação direta entre o empenho na mudança de estilo de vida e a melhoria cognitiva.

Entre as mudanças a intervenção incluiu a prática de uma dieta vegan rigorosa, rica em vegetais, cereais integrais, frutas, tofu, frutos secos e sementes. Açúcares, álcool e alimentos processados eram proibidos. Assim como a prática de exercício físico diário e treino de força orientado online. Um esforço na redução do stress com ioga, meditação, respiração profunda e apoio emocional em grupo e a toma de suplementos como multivitamínico, ómega-3 com curcumina, coenzima Q10, vitaminas C e B12, magnésio, probiótico e cogumelo “juba de leão”. Por fim, mas não menos importante, o apoio social através de sessões semanais guiadas por terapeutas.

Um teste sanguíneo (Aβ42/40) indicou redução dos níveis de amiloide — um dos principais marcadores da doença. No entanto, outros marcadores (como p-tau 181 e GFAP) não mostraram melhorias, o que leva alguns especialistas a pedir estudos maiores e mais longos para validar os resultados.

A seguradora norte-americana EmblemHealth anunciou que irá começar a cobrir este programa para pacientes com Alzheimer em fase inicial — um passo inovador na abordagem não farmacológica da doença.

Para Ornish, que perdeu familiares com Alzheimer, o mais importante é o que isto representa: esperança. Ao contrário dos medicamentos, estas mudanças não têm efeitos secundários negativos e podem dar aos doentes um sentido de controlo e melhoria real da sua condição.