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“Uma das orientações políticas é que é muito importante ouvir as populações. Estou convencida de que neste momento, nos tempos que correm, é praticamente impossível fazer projetos contra a vontade unânime de toda uma população. (…) É muito difícil desenvolver um projeto turístico, agrícola, mineiro ou industrial contra todo o mundo à volta”, disse Maria da Graça Carvalho.
A ministra falava aos jornalistas após a apresentação da proposta de revisão da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030, que tem a ver com metas mais ambiciosas a que Portugal aderiu, compromissos internacionais nas áreas marinhas e terrestres protegidas.
Na resposta a perguntas dos jornalistas, Maria da Graça Carvalho disse que a legislação portuguesa é muito rigorosa em termos de estudos de impacto ambiental e que as populações e as autarquias são sempre ouvidas, sendo um dos pontos que pesam em quem decide se há ou não unanimidade das populações e dos autarcas.
“Queremos que os promotores dos projetos envolvam a população. Nos critérios dizemos que o projeto tem de ter mais-valias para população, para o país como um todo, e só assim é que se justifica ter um projeto”, afirmou.
Na apresentação da revisão do documento, a ministra disse que no próximo mês será apresentada a estratégia para proteger o lobo, o “programa alcateia”.
Maria da Graça Carvalho destacou também que Portugal ocupa o oitavo lugar na União Europeia em termos de área integrada na Rede Natura 2000.
“Um quarto de toda a nossa área terrestre está integrada nesta rede, enquanto a nível europeu a média é de 19%”, disse.
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