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A possibilidade de ver gatos-bravos europeus a percorrerem o sudoeste de Inglaterra avançou significativamente, após um estudo de dois anos concluir que a reintrodução da espécie é viável – e que a maior parte da população local se mostra favorável à ideia, conta o The Guardian.
Ausentes da região há mais de cem anos, os gatos-bravos encontram em Devon central o tipo de habitat necessário para sustentar uma população de Felis silvestris. A área combina bosques que fornecem abrigo e locais de nidificação com pastagens e matagais de baixa intensidade, ideais para a caça.
O estudo refere que os gatos-bravos não representam perigo para humanos, animais domésticos ou gado. O plano prevê a libertação controlada de entre 40 e 50 indivíduos, mas não antes de 2027.
Existem, contudo, alguns desafios. A hibridação entre gatos-bravos e gatos domésticos é um problema em populações escocesas, colocando em risco a integridade genética da espécie. Para que a reintrodução no sudoeste seja bem-sucedida, será necessária cooperação com as comunidades locais e organizações de bem-estar animal, de modo a apoiar um programa de esterilização de gatos domésticos.
A investigação foi conduzida pelo South West Wildcat Project – uma parceria liderada pelo Devon Wildlife Trust que inclui a Forestry England e a Derek Gow Consultancy. O estudo analisou os efeitos sobre pessoas, comunidades, outros animais selvagens, gado e animais domésticos, bem como a sustentabilidade a longo prazo de uma população de gatos-bravos após a reintrodução.
Historicamente conhecidos também como “gatos-do-mato”, os gatos-bravos europeus eram comuns no sudoeste de Inglaterra. Séculos de perseguição, aliados à perda e fragmentação do habitat, resultaram na sua extinção local. Os últimos gatos-bravos da região teriam sobrevivido em Exmoor até meados do século XIX.
Atualmente, os únicos gatos-bravos selvagens do Reino Unido residem nas Highlands da Escócia. Apesar de terem obtido estatuto de proteção em 1988, a espécie está agora em risco de extinção, com apenas cerca de 115 indivíduos em liberdade.
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