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Segundo a investigação citada pela CNN, Paula Pinto Pereira falsificou documentos de habilitações — incluindo diplomas de bacharelato, licenciatura e mestrado — para ingressar na carreira docente. Com base nesses certificados falsos, conseguiu integrar os quadros definitivos do Ministério da Educação em 2003 e alcançar o 10.º escalão, o mais elevado da carreira, com um salário superior a dois mil euros líquidos mensais.

A fraude só foi descoberta após uma auditoria da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), que concluiu que a professora nunca obteve qualquer das qualificações que apresentava. Paula Pinto Pereira foi alvo de um processo disciplinar e acabou demitida da Escola Secundária Daniel Sampaio, na Sobreda da Caparica. O Ministério da Educação exige agora que devolva cerca de 350 mil euros em salários recebidos indevidamente.

Apesar da gravidade do caso, os manuais de Matemática assinados por Paula Pinto Pereira continuam a ser comercializados. Em declarações à CNN Portugal, a Raiz Editora, responsável pela publicação das obras, garantiu que “os dois manuais escolares de Matemática referidos foram alvo de revisão científica, pelo que a qualidade e o rigor dos seus conteúdos foram certificados e sempre estiveram salvaguardados”.

Os manuais em causa destinam-se a alunos dos 11.º e 12.º anos, e incluem também os respetivos cadernos de atividades. Até ao momento, não existe qualquer indicação de que venham a ser retirados do mercado.

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